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Angina de peito: entenda o que é, quais são as causas e veja como diagnosticar o quadro

Condição não é uma doença, mas, sim, um sintoma
KL
Dra. Katia Luz - Cardiologista oncológica Atualizado em 26/12/2022

A dor no peito pode ter várias causas. De gases a problemas no coração, quando esse sintoma surge, é preciso ter atenção, pois, ainda que ele possa ser o sinal de uma questão de fácil resolução, também pode significar a presença de infarto e angina, por exemplo. Vale destacar, inclusive, que são coisas diferentes, e a angina não é propriamente uma alteração, mas um sintoma. Com a ajuda da Dra. Katia Luz, cardiologista do CHN, explicamos tudo o que você precisa saber sobre esse quadro. 

O que é angina?

É chamada angina a dor no peito decorrente da redução do fluxo sanguíneo no coração, processo conhecido como isquemia. Além de ser um sintoma característico do infarto agudo do miocárdio, a alteração é mais frequente entre idosos com mais de 65 anos e, apesar de ser um distúrbio sério, pode ser prevenido e tratado. 

Angina estável

No caso da angina estável, o desconforto surge de forma previsível sempre que a pessoa executa um nível de esforço específico. A dor dura entre um e cinco minutos e, para aliviá-la, basta repousar ou tomar medicamentos recomendados pelo médico. 

Angina instável

A dor da angina instável surge subitamente e piora de forma progressiva. Segundo a especialista, tem origem na instabilidade de placas de gordura já existentes na artéria coronária. Quando elas se rompem, ativam plaquetas e substâncias de coagulação que levam à formação de trombo no local e aumentam o nível de obstrução da estrutura, mas sem entupi-la totalmente. 

Quais são as causas da angina?

A principal causa da angina é o acúmulo de gordura no interior das artérias coronárias (aterosclerose). Uma vez que essas estruturas são responsáveis pelo transporte de sangue para o coração, quando obstruídas, impedem o recebimento de oxigênio e, assim, surge o desconforto no peito.

Os fatores de risco para a aterosclerose incluem hipertensão, diabetes, obesidade, colesterol alto, tabagismo e histórico da doença na família. É possível prevenir a angina com a adoção de hábitos mais saudáveis, como:

  • Redução do consumo de sódio;
  • Controle da ingestão de bebidas alcoólicas;
  • Evitação de temperaturas extremas;
  • Hábito de se alimentar a cada três horas e comer moderadamente;
  • Prática regular de atividades físicas. 

“A angina ocorre, principalmente, quando o coração está sobrecarregado, como em contextos de estresse ou frio intenso", explica a Dra. Katia. 

Quais são os sintomas da angina?

A dor no peito característica da angina se apresenta como uma pressão no tórax, sobretudo durante a realização de tarefas exaustivas. Entretanto, o tipo instável pode surgir em repouso ou até mesmo durante o sono e se estende para a mandíbula, o ombro e o braço esquerdo. Segundo a especialista, mesmo com a alteração, algumas pessoas podem não apresentar nenhum sinal. Esses episódios recebem o nome de isquemia silenciosa. 

Como é feito o diagnóstico da condição?

Para identificar a angina, o cardiologista ouve o relato do paciente, inclusive para saber se há casos na família, e avalia seu histórico médico. Depois ele mede a pressão arterial, escuta o coração e os pulmões e, caso julgue necessário, solicita exames complementares como de sangue e urina e:

  • Eletrocardiograma – gráfico dos impulsos elétricos que controlam a atividade do coração;
  • Teste ergométrico – o paciente caminha ou corre na esteira ergométrica por um tempo para avaliar se surgem ou não sintomas como dor no peito ou alterações na monitorização do eletrocardiograma realizada durante o exame;
  • Ecocardiografia – avalia o coração por meio de um ultrassom;
  • Angiografia – é introduzido um cateter na corrente sanguínea para verificar possíveis obstruções arteriais.

Qual é o tratamento para a angina de peito?

Para tratar a angina, são usados antiagregantes plaquetários – medicamentos que inibem a formação do trombo (coágulo) –, além de controle da pressão arterial e da frequência cardíaca e, caso necessário, administração de nitratos com ação vasodilatadora. 

“Para a angina instável, além do tratamento clínico otimizado, é necessário adotar medidas intervencionistas, quando exames como o teste ergométrico ou o ecocardiograma com estresse apontam isquemia miocárdica. Nesse caso, recorremos ao cateterismo cardíaco e à angioplastia com stent coronário", complementa a médica. 

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Escrito por
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Dra. Katia Luz

Cardiologista oncológica
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