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3 minutos de leitura

Síndrome de West: o que é, como diagnosticar e tratamento indicado

Condição acomete crianças a partir dos seis meses e pode ser curada com acompanhamento médico imediato
GL
Dra. Gabrielly Leitão - Pediatria Atualizado em 07/06/2022

Tanto a gravidez quanto o nascimento do bebê são momentos muito especiais, mas também repletos de cuidados necessários para monitorar a saúde do pequeno. Esse acompanhamento é importante, além do cuidado neonatal, já que é capaz de rastrear doenças que podem surgir nos primeiros anos de vida - como a síndrome de West

O que é síndrome de West?

A síndrome de West é uma rara doença neurológica que causa espasmos epiléticos recorrentes. Segundo a dra. Gabrielly Leitão, neurologista pediátrica do CHN, o surgimento do quadro ocorre por volta dos primeiros seis meses de vida. Suas principais características são os espasmos epiléticos, regressão ou atraso no desenvolvimento e, quando o eletroencefalograma aponta hipsarritmia, sinaliza ocorrência de convulsões, por exemplo. 

Síndrome de West: sintomas da doença

Os episódios de espasmos epiléticos são a característica mais marcante dessa síndrome. Entretanto, também estão presentes sintomas como: mudanças de comportamento, choro excessivo e movimentos oculares giratórios. 

Quais as causas da síndrome de West?

As causas da síndrome de West são variadas. É possível relacionar o quadro a alguns fatores, que incluem:

  • Lesão estrutural no cérebro, que pode ser ocasionada por vários fatores das condições de parto e gestação;
  • Hipóxia (falta de oxigenação no cérebro) durante o parto;
  • Idiopática (sem causa definida após investigação);
  • Malformação cerebral;
  • Prematuridade;
  • Sepse neonatal ou tardia;
  • Acidente vascular cerebral intraútero ou nos primeiros anos de vida;
  • Infecções durante a gestação;
  • Esclerose tuberosa (conhecida como Síndrome de Bourneville-Pringle ou Epilóia);
  • Mutações genéticas. 

Como diagnosticar a síndrome de West?

Crises convulsivas muito frequentes podem comprometer o desenvolvimento do bebê, além do risco de traumas durante os episódios. Sendo assim, diante de qualquer suspeita, o bebê deve ser imediatamente avaliado por um neuropediatra - especialista em epilepsia, se possível.

Além da avaliação médica, o paciente é submetido ao exame de eletroencefalograma que pode evidenciar hipsarritmia, procedimento que analisa a atividade elétrica cerebral por meio de eletrodos colocados sobre a pele do couro cabeludo.

“O exame deve ser feito de forma adequada sempre abrangendo o período em que o bebê está acordado, adormecendo e dormindo, pois a hipsarritmia pode estar presente durante o sono", afirma a especialista. 

A síndrome de West tem cura?

Segundo a médica, síndrome de West tem cura: “Dependendo da causa, da rapidez do início do tratamento adequado e das condições associadas, a síndrome de West pode ser curada ou controlada".

Quando relacionada às malformações ou lesões, é possível controlar as crises para que não haja mais danos ao desenvolvimento. Quando não tratada, a condição pode evoluir para outros tipos de encefalopatia epiléptica, como a síndrome de Lennox-Gastaut, que tem sintomas parecidos com os da síndrome de West, mas não apresentam melhora com o uso de medicamentos anticonvulsionantes. 

Qual o tratamento para a síndrome de West?

A Dra. Gabrielly explica que o tratamento é feito com medicação e monitorização hospitalar para controlar os espasmos, cessar a hipsarritmia e promover o bem-estar da criança. Desta forma, ela terá mais chances de retornar às suas atividades habituais e de reabilitação.

“Diagnóstico precoce e tratamento correto podem curar a síndrome de West e proteger o desenvolvimento do paciente", finaliza. 

Neurologia: um dos grandes pilares do CHN

As principais doenças neurológicas podem ser investigadas e ter seu tratamento iniciado no CHN, que alia médicos altamente capacitados, tecnologia diferenciada e equipe multidisciplinar dedicada ao acolhimento do paciente.

Além de dispor de um aparelho de ressonância magnética de 3 TESLA, essencial para obter resultados assertivos para diagnósticos de patologias neurológicas, o hospital também conta com um setor de hemodinâmica com duas salas amplamente equipadas para tratar pacientes na fase aguda de AVC com trombectomia e pacientes com aneurisma cerebral. Para mais informações e agendamentos, ligue para (21) 2729-1000.

Escrito por
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Dra. Gabrielly Leitão

Pediatria
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Dra. Gabrielly Leitão

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