Todo mundo tem uma mania, seja estalar os dedos, seja girar a chave duas vezes ao trancar a porta de casa. Quando se trata de movimentos repetitivos, esse hábito recebe o nome de cacoete (ou tique), que pode ser algo como piscar os olhos, fazer caretas e mexer a cabeça ou os ombros. No artigo de hoje, o Dr. Marcos Tulius, neurologista do CHN, fala sobre a síndrome de Tourette, disfunção que causa tiques múltiplos, incluindo motores e sonoros, que comprometem a vida pessoal e social do paciente acometido.
O que é síndrome de Tourette?
A síndrome de Tourette é uma alteração neuropsiquiátrica caracterizada por tiques motores e vocais que costumam se manifestar, principalmente, entre a infância e a adolescência. Os cacoetes podem variar de intensidade e geralmente se mostram por meio de palavras e gestos incontroláveis que podem ser obscenos e até causar ferimentos ao próprio paciente.
“Não é possível identificar o distúrbio com o auxílio de exames neurológicos. Portanto, é necessário consultar um neurologista para que ele realize o diagnóstico clínico", destaca o Dr. Marcus.
Quais são as causas da síndrome de Tourette?
Ainda não é possível afirmar quais são as causas da doença. Entretanto, estudos associam a síndrome de Tourette a mutações e anomalias em neurotransmissores como a dopamina, hormônio que influencia o humor, o aprendizado e a sensação de prazer. Também é possível relacioná-la com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), distúrbio de atenção com hiperatividade (TDAH) e dificuldades de aprendizagem.
Quais são os sintomas da síndrome de Tourette?
As primeiras manifestações da síndrome são os tiques motores, que atingem oito em cada dez pacientes. Piscar repetidamente, balançar a cabeça, fazer caretas e dar socos no ar são sinais de alerta. Conheça outros sinais da síndrome de Tourette:
- Gritos ou gemidos involuntários;
- Movimentos não articulados, como mostrar o dedo do meio (copropraxia);
- Repetir sons ou palavras ditas por outras pessoas (ecolalia);
- Falar palavras obscenas sem intenção (coprolalia).
A síndrome de Tourette tem cura?
Não há cura para a síndrome de Tourette, mas o tratamento ajuda a controlar as crises. Para isso, é importante consultar um médico logo nos primeiros indícios da doença, pois quanto mais cedo a terapêutica for iniciada, melhores serão os resultados e menos danos sociais e escolares o paciente vivenciará.
“É importante que aqueles que convivem com alguém com Tourette tenham consciência de que os tiques são involuntários e, por isso, não devem reprimir ou caçoar da pessoa, pois não é possível controlar tais manifestações. Identificar as situações que servem de gatilho para o desencadeamento do evento também é essencial para tornar o ambiente mais confortável", recomenda o neurologista.
Tratamento para a síndrome
Segundo o Dr. Marcus Tulius, o tratamento para a síndrome de Tourette é medicamentoso, aliado a acompanhamento psicológico, e, frequentemente, envolve a prescrição de neurolépticos (antipsicóticos) ou ansiolíticos.
Neurologia, um dos grandes pilares do CHN
Ao associar médicos altamente capacitados, tecnologia diferenciada e equipe multidisciplinar dedicada ao acolhimento do paciente, as principais doenças neurológicas podem ser investigadas e ter seu tratamento iniciado no hospital com a garantia de segurança, agilidade e eficiência.
Além de dispor de um aparelho de ressonância magnética de 3 Tesla, essencial para obter resultados assertivos para o diagnóstico de patologias neurológicas, o CHN também oferece um setor de hemodinâmica com duas salas amplamente equipadas para tratar pacientes na fase aguda de AVC com trombectomia e pacientes com aneurisma cerebral. Para agendar uma consulta ou obter mais informações, consulte nossos canais de atendimento.
