Logon
Blog

Ressonância magnética: como é feita e para que serve?

Exame viabiliza observação detalhada do interior do organismo

Para acompanhar a modernização da medicina, diversos recursos são desenvolvidos para fornecer assistência à saúde, e entre eles estão os exames laboratoriais e de imagem. Encontramos variadas formas de análise que procuram atender a diversos objetivos. Aqui falaremos sobre a ressonância magnética (RM), que é empregada para a observação interna do organismo. Essa inspeção é primordial na identificação e no diagnóstico de diversas condições clínicas, incluindo ortopédicas, abdominais, cardíacas, cervicais e até mesmo neurológicas. A seguir, o Dr. Alair Sarmet Santos, coordenador do Centro de Imagem do CHN, tira algumas dúvidas sobre esse procedimento. Confira. 

Como o exame funciona?

A tecnologia da ressonância magnética fornece imagens de alta definição do interior do corpo humano e de seus tecidos, ossos e órgãos nos diversos sistemas. O método também é empregado para o diagnóstico de muitas doenças, como as degenerativas, tumores, coágulos, traumas e outras lesões internas do organismo.

Primeiramente, o paciente entra deitado em um aparelho responsável por realizar o exame, chamado Magneto. Diferente de outros exames de imagem, a ressonância magnética leva um pouco mais de tempo, então, é preciso cuidado para não se mexer durante a realização do exame, o que pode comprometer a qualidade das imagens.

Iniciado o exame, o Magneto cria um campo eletromagnético que funciona de maneira semelhante a um ímã, nivelando as moléculas de hidrogênio do organismo com esse campo. Essa captação é transferida para um computador e resulta em imagens de alta qualidade do interior do corpo. 

Principais tipos de ressonância magnética

Por meio desse exame de imagem, é possível fazer uma análise mais detalhada de diversas partes do corpo, a depender do método empregado. Confira as principais abordagens da RM.

  • Ressonância magnética com contraste – o procedimento utiliza uma substância que destaca as artérias e veias, assim como os tecidos irrigados por elas, melhorando a detecção de condições que podem não ser tão evidentes em uma primeira fase sem o uso do contraste. Sua indicação pode variar de acordo com a situação, como pacientes com suspeita de câncer ou doenças neurológicas e muitas outras situações. O contraste usado nesse procedimento é o gadolínio, cujas reações adversas são praticamente inexistentes, sendo indicado até mesmo para pessoas com histórico de reações ao contraste iodado.
  • Ressonância magnética do joelho e de outras articulações – é indicada para uma observação detalhada de tecidos moles dentro das articulações, como os tendões e os ligamentos, meniscos e cartilagens. 
  • Ressonância magnética do crânio – é utilizada na investigação de todas as alterações neurológicas, como tumores benignos e malignos; aneurismas; más-formações cerebrais; esclerose múltipla; doença de Alzheimer; Parkinson; trombose cerebral; alterações ou infecções no cérebro e em seus vasos; epilepsia (crise convulsiva) e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
  • Ressonância magnética da pelve – observa e diagnostica condições ginecológicas em geral, assim como acompanha tumores diversos que podem afetar os ovários, o útero, a próstata e a bexiga, por exemplo.
  • Ressonância magnética da coluna – auxilia no diagnóstico de diversos problemas na coluna e na medula espinhal, como inflamações, tumores, hérnias de disco e fraturas.

Quando a ressonância magnética é indicada?

O exame é requisitado de acordo com a orientação médica e as necessidades do paciente, normalmente sendo utilizado para:

  • identificar e diagnosticar inflamações ou infecções cerebrais, doenças neurológicas degenerativas, tumores ou AVC (isquemia ou hemorragia cerebral);
  • identificar problemas nos nervos ou nas articulações;
  • localizar e examinar alterações nas estruturas vasculares que possam resultar em situações como coágulos ou aneurismas, por exemplo.
  • diagnosticar lesões nos músculos, ossos ou ligamentos, como tendinite, cistos ou hérnias.

​O Dr. Alair ainda completa: “A ressonância magnética é indicada em quase todas as condições clínicas. Ela serve para todos os sistemas e órgãos do corpo humano: crânio; pescoço; sela turca; órbitas; mastoides; articulações temporomandibulares (ATM); coluna vertebral; tórax; coração; mama; abdome e pelve e sistema musculoesquelético. Na pediatria, é utilizada para a avaliação de diversas doenças que atingem as crianças, especialmente no crânio, na coluna vertebral, no abdome e, inclusive, no sistema cardiovascular, por exemplo". 

Preparo e recomendações

O procedimento dura de 15 a 30 minutos, podendo variar até uma hora, a depender da localização do exame e da quantidade de áreas a serem estudadas (por exemplo, RM de abdome e pelve). Normalmente não necessita de nenhuma preparação prévia, com exceção da retirada de objetos metálicos que possam interferir no campo magnético (brincos, relógios, piercings, pulseiras etc.). No entanto, é interessante ir ao banheiro antes, para que o exame não precise ser interrompido. No caso de o exame ser na região abdominal ou pélvica ou no caso de exames em que for necessário usar o gadolínio, também é recomendado que o paciente evite ingerir alimentos e bebidas até três horas antes. 

Contraindicações ao exame

O exame é indolor e dura pouco tempo, no entanto, é contraindicado para pacientes que tenham implantes eletrônicos, metálicos ou ferromagnéticos, marca-passo cardíaco, marca-passo cerebral e clip de aneurisma ferromagnético. Próteses ortopédicas (placas e parafusos) e stents não são contraindicações, mas podem acabar distorcendo as imagens na região. Em gestantes, a RM pode ser realizada, sobretudo no terceiro trimestre, para avaliar más-formações fetais ou alterações na placenta. Também é indicada para o acompanhamento de casos em que a grávida apresenta quadro abdominal agudo, como nas suspeitas de apendicite ou diverticulite aguda.

Veja mais

Nosso site usa cookies para melhorar a navegação. Conheça o nosso Portal de Privacidade .