O Parkinson é uma condição neurológica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1% das pessoas com mais de 65 anos vivem com esse quadro, que é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, atrás apenas do Alzheimer. Além disso, apesar de não haver dados oficiais, estudos brasileiros estimam que até 2030, haverá aumento de 79% no número de casos no Brasil, o que compreende aproximadamente 600 mil pessoas.
A doença de Parkinson pode afetar a qualidade de vida do paciente, bem como de suas famílias e cuidadores. Apesar de seu caráter progressivo, existem diversas abordagens capazes de gerenciar os sintomas da doença, de forma a proporcionar mais independência. Convidamos o Dr. Marcus Tulius, neurologista do CHN, para falar mais sobre o tema.
O que é Parkinson?
A doença de Parkinson é uma condição neurológica que afeta, principalmente, o sistema motor e por isso, pode causar tremores nas mãos, rigidez muscular, dificuldade de movimento e equilíbrio. Estas manifestações surgem devido aos danos causados às células cerebrais que produzem o neurotransmissor chamado dopamina, que é responsável por controlar os movimentos.
Quais são os fatores de risco?
O Parkinson surge quando há morte ou degeneração de neurônios na substância negra, uma região do cérebro responsável pela produção do neurotransmissor dopamina, substância fundamental para controlar os movimentos do corpo. Embora não haja conhecimento sobre as causas do problema, é possível sinalizar alguns fatores de risco que podem estar relacionados à condição. Entre eles, estão:
- Fatores genéticos e ambientais: traumatismo craniano e exposição a substâncias tóxicas;
- Hereditariedade: apesar de o risco ser baixo, pessoas cujo pai ou mãe tenham Parkinson, possuem mais chance de desenvolver a doença;
- Idade: mais comum em idosos com mais de 60 anos;
- Sexo: homens têm maior probabilidade de serem atingidos pelo Parkinson.
Quais são os primeiros sintomas?
Os sintomas do Parkinson surgem repentinamente e progridem lentamente, por isso, pode haver dificuldade em saber precisamente quando eles começaram. As primeiras manifestações costumam ser:
Alterações cognitivas e perda de memória;
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Depressão;
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Dores generalizadas;
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Lentidão dos movimentos;
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Rigidez nas articulações;
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Sensação de músculos rígidos;
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Tremores de repouso.
Qual especialista procurar?
O neurologista é o profissional especializado no estudo, diagnóstico e tratamento de alterações neurológicas como o Parkinson.
Como é feito o diagnóstico?
O Dr. Marcus Tulius explica que o “diagnóstico da doença de Parkinson é puramente clínico, por meio da escuta do paciente (anamnese) e de avaliação neurológica. Exames complementares como a ressonância magnética do crânio podem ser solicitados para excluir outras condições que poderiam ser confundidas com o Parkinson. Entretanto, o que determina o diagnóstico é mesmo o exame neurológico".
Como controlar o avanço dos sintomas?
Ainda segundo o especialista, até o momento, não há um tratamento que bloqueie a evolução da doença, mas os métodos já disponíveis reduzem os sintomas, “melhoram a qualidade de vida e prolongam a expectativa de vida dos pacientes. Além disso, uma atividade física e intelectual são fundamentais para a boa evolução dos pacientes", conclui o neurologista.
Neurologia, um dos grandes pilares do CHN
Aliando médicos altamente capacitados, tecnologia diferenciada e equipe multidisciplinar dedicada ao acolhimento do paciente, as principais doenças neurológicas podem ser investigadas e ter seu tratamento iniciado no hospital com a garantia de segurança, agilidade e eficiência.
Além de dispor de um aparelho de ressonância magnética de 3 TESLA, essencial para obter resultados assertivos para diagnósticos de patologias neurológicas, o CHN também oferece um setor de hemodinâmica com duas salas amplamente equipadas para tratar pacientes na fase aguda de AVC com trombectomia e pacientes com aneurisma cerebral.
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