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Hemodiálise: o que é, como é feita e quando é indicada

Tratamento substitui o funcionamento dos rins, remove toxinas e fornece nutrientes para pacientes com falência renal funcional
AC
Dr. Alan Castro - Nefrologia Atualizado em 26/07/2022

A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) realiza, anualmente, um censo com os centros de diálise de todo o país. Em 2021, foi estimado que aproximadamente 150 mil pessoas necessitem de hemodiálise por causa de falência dos rins causada pela doença renal crônica. Hoje, no mundo, cerca de 5 milhões de pessoas fazem hemodiálise

O que é hemodiálise?

A hemodiálise é um procedimento realizado por um equipamento complexo que elimina os elementos prejudiciais ao organismo, controla a pressão arterial e ajuda na manutenção do equilíbrio de outras substâncias, como sódio, potássio, ureia e creatina. Tudo isso é feito por meio de uma máquina que filtra e limpa o sangue, ou seja, simula a função do rim. 

Diferença entre diálise e hemodiálise

Segundo o Dr. Alan Castro, nefrologista do CHN, a diferença entre diálise e hemodiálise está no método utilizado, uma vez que ambas filtram os rins. “O princípio da diálise é a remoção de moléculas por meio de uma membrana. Entretanto, além de eliminar toxinas acumuladas, ela também pode oferecer substâncias de que o paciente precise. Quando esse processo é feito pela membrana do abdome (chamada peritônio), recebe o nome de diálise peritoneal; quando é realizado em uma membrana artificial, trata-se de um procedimento de hemodiálise", explica o médico. 

Como é feita a hemodiálise?

Desde a descoberta da hemodiálise, pesquisadores desenvolveram equipamentos seguros, rápidos e eficazes. O tratamento é realizado pela retirada gradual do sangue, por meio de uma agulha para punção da fístula arteriovenosa (FAV), que é a ligação entre uma pequena artéria e uma pequena veia, com a finalidade de tornar a veia mais grossa e resistente para evitar complicações durante o procedimento. Essa fístula pode utilizar veias ou material sintético e deve ser feita por um cirurgião vascular cerca de dois meses antes do início do tratamento. Para aqueles que ainda não têm a fístula, mas necessitam dar início à hemodiálise, pode ser usado um cateter. Porém, vale destacar que esta é uma opção temporária.

De modo geral, as sessões da terapia acontecem em clínicas ou hospitais, pelo menos três vezes por semana, e duram, em média, quatro horas. O cateter/ fístula transporta o sangue do paciente para o equipamento, que o devolve já limpo por meio de um acesso vascular. 

O que leva o paciente a fazer hemodiálise?

As principais causas que levam à necessidade de hemodiálise são sepse, diabetes mellitus não controlado, hipertensão arterial e injúria renal aguda, quando ocorre uma perda brusca da função dos rins. Outros fatores de risco para o desenvolvimento de falência do órgão incluem obesidade, obstruções por cálculos ou tumores e doenças autoimunes ou hereditárias.

“Além disso, nas situações em que essa perda é gradual, como na doença renal crônica, o ideal é que a pessoa seja submetida a um transplante renal preemptivo, isto é, antes de precisar dialisar . Essa modalidade de substituição da função renal é a que oferece a melhor sobrevida. Caso o paciente não tenha um doador vivo compatível ou não esteja em condições de passar pela cirurgia, o recomendado é oferecer um acompanhamento prévio com nefrologista, receber atenção interdisciplinar para atrasar a piora do funcionamento dos rins e decidir entre a hemodiálise e a diálise peritoneal", afirma o Dr. Alan.

Para os quadros agudos, o objetivo da hemodiálise é dar suporte ao paciente com falência de múltiplos órgãos para que ele consiga restabelecer o equilíbrio do organismo. Nos casos crônicos, os cuidados visam promover a reabilitação e o bem-estar da pessoa. Ou seja, é possível viver bem com a doença renal.

“O acompanhamento interdisciplinar com nefrologista tem o objetivo de atrasar a progressão da doença com a ajuda de medicamentos, dietas e exercícios, ou seja, a ideia com esse processo é que a pessoa dialise para viver, e não viva para dialisar", complementa. 

O procedimento de hemodiálise é perigoso?

Assim como todo tratamento de alta complexidade, a hemodiálise pode trazer riscos. Por isso, a equipe deve ser treinada frequentemente e os equipamentos devem estar calibrados e bem monitorados para que o procedimento seja seguro e eficaz. 

Centro Médico CHN: atendimento com equipes multidisciplinares de excelência

O CHN preza pela saúde e o bem-estar do paciente em diversas áreas, desde os quadros mais simples até as patologias de alta complexidade. Para ampliar a gama de serviços oferecidos ao público, o hospital criou o Centro Médico, que está localizado na Unidade II e disponibiliza consultas, exames e atendimento ambulatorial.

O espaço é dedicado à prevenção e ao atendimento de pacientes com suspeita de determinada doença ou em tratamento iniciado no hospital. São mais de 40 especialidades conduzidas por equipes multidisciplinares especializadas para promover uma linha de cuidado integrada. Para conferir todos os serviços disponíveis e os convênios atendidos, acesse nosso site. Para outras dúvidas e agendamento, entre em contato com nossa Central de Atendimento pelo número (21) 2729-1000 (opção 2).

Escrito por
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Dr. Alan Castro

Nefrologia
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