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Esclerose múltipla: o que é, quais são as causas e os sintomas e como é o tratamento

Condição rara atinge o sistema nervoso central e pode causar perdas cognitivas
MT
Dr. Marcos Tulius - Neurologista Atualizado em 30/08/2022

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 40 mil pessoas desenvolvem esclerose múltipla, doença neurológica que afeta o sistema nervoso central (SNC), especialmente o cérebro, o tronco cerebral, os nervos ópticos e a medula espinhal. A seguir, o Dr. Marcos Tulius, neurologista do CHN, tira as principais dúvidas sobre o tema. 

O que é esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é mais comum em mulheres brancas entre 20 e 40 anos. Trata-se de uma alteração autoimune e desmielinizante do SNC. Ou seja, o próprio sistema imunológico ataca a bainha de mielina dos neurônios, estrutura que os envolve e que, quando perdida, causa disfunções. 

Quais são as causas da esclerose múltipla?

Segundo o médico, até o momento, as causas da esclerose múltipla não são conhecidas. Existem teorias que tentam associar algumas infecções virais à enfermidade, mas, até o momento, não se sabe ao certo o que leva o sistema imune a atacar a bainha de mielina. 

Sintomas da esclerose múltipla

Os principais sintomas da esclerose múltipla são:

  • vista embaçada;
  • dificuldade para segurar o xixi;
  • alterações do humor, depressão e ansiedade;
  • alterações sexuais: disfunção erétil em homens e diminuição da lubrificação vaginal nas mulheres;
  • desequilíbrio;
  • dificuldade para controlar os esfíncteres (canais pelos quais eliminamos fezes e urina);
  • dor ou queimação na face (nevralgia do trigêmeo);
  • formigamento nas pernas ou em um lado do corpo;
  • fraqueza;
  • problema de memória e atenção;
  • tremor;
  • visão dupla (diplopia).

O Dr. Marcus recomenda que, ao notar a presença dos sinais acima, é necessário consultar um médico para obter o diagnóstico e iniciar o tratamento o quanto antes. 

Como é feito o diagnóstico?

Por conta da inconstância dos sintomas, grande parte das pessoas demora algum tempo até consultar um neurologista. No entanto, quanto mais a doença avança, maior também é a progressão dos sintomas e, em estágio grave, o paciente pode apresentar alterações na fala e na locomoção. 

“O diagnóstico é feito com base na história clínica do paciente, acompanhada de exame neurológico, ressonância magnética do neuroeixo (crânio, medula cervical e dorsal) e exame de liquor (ou líquido cefalorraquiano), estrutura que protege o sistema nervoso central", detalha o especialista. 

Tratamento

O principal objetivo do tratamento da esclerose múltipla é diminuir os episódios de crises inflamatórias que levam ao surgimento dos sintomas. Segundo o Dr. Tulius, para isso são utilizados corticoides associados a medicações imunomoduladoras e imunossupressoras. Além disso, o paciente também é acompanhado por fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psiquiatra e psicólogo e passa pela neurorreabilitação para tratar as sequelas cognitivas deixadas pela enfermidade. 

Esclerose múltipla tem cura?

Infelizmente, não existe cura para a esclerose múltipla. Entretanto, o tratamento proporciona mais qualidade de vida para o paciente, já que reduz a frequência dos surtos. 

Neurologia, um dos grandes pilares do CHN

Ao aliar médicos altamente capacitados a tecnologia diferenciada e equipe multidisciplinar dedicada ao acolhimento do paciente, as principais doenças neurológicas podem ser investigadas e ter seu tratamento iniciado no Centro Médico do CHN com a garantia de segurança, agilidade e eficiência. 

Além de dispor de um aparelho de ressonância magnética de 3 Tesla, essencial para obter resultados assertivos para identificar patologias neurológicas, o CHN também oferece um setor de hemodinâmica, com duas salas amplamente equipadas, para tratar pacientes na fase aguda do AVC com trombectomia e pacientes com aneurisma cerebral. Para agendar uma consulta ou obter mais informações, acesse nossos canais de atendimento.

Escrito por
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Dr. Marcos Tulius

Neurologista
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Dr. Marcos Tulius

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