As mulheres, cada dia mais, conquistam espaço no mercado de trabalho, assumem posições de liderança e gerenciam grandes projetos. Para muitas, no entanto, conciliar tudo isso com a rotina de cuidados com a casa e os filhos é algo muito desafiador e tão exaustivo ao ponto de seu próprio bem-estar ficar em segundo plano. A Dra. Daniela Selano, coordenadora de obstetrícia do CHN, dá dicas de como cuidar da saúde feminina.
Como melhorar o bem-estar?
É importante, mesmo com um dia a dia atribulado, reservar um momento para o autocuidado. Isso porque quanto mais nos negligenciamos, maiores as chances de desenvolver alguma doença. Não deixe de praticar exercícios, alimentar-se de forma saudável, praticar uma atividade que traga prazer pessoal e ter uma boa noite de sono. Dez minutinhos ao fim do dia já fazem uma grande diferença. Aproveite este momento para ler, cuidar da pele ou ouvir uma música que goste, por exemplo.
Saúde feminina
Da primeira menstruação até o pós-menopausa, a ginecologia atua no diagnóstico e prevenção de diversas condições. O profissional dessa área deve ser consultado regularmente e sempre que surgir alguma alteração, como dor nos seios ou na região genital, por exemplo. Além disso, adotar hábitos saudáveis garante mais longevidade e qualidade de vida.
Saúde física
A principal forma de cuidar da saúde física é aliar a prática de atividades físicas a uma alimentação adequada, pois segundo a Dra. Daniela, “uma alimentação rica em alimentos industrializados e ultraprocessados interfere na microbiose intestinal, na flora vaginal (causando secreção aumentada, constipação, ganho de peso e aumenta o risco de cândida) e na pele (oleosidade e acne)".
Vale lembrar que tanto os treinos quanto a dieta devem ser indicados por profissionais qualificados. Quando falamos sobre a alimentação de grávidas, a preocupação é ainda maior, visto que além de nutrir a si mesma, a gestante também fornece nutrientes necessários para a formação do bebê.
Saúde mental e emocional
Seja pela perda de um ente querido, pelos altos níveis de desemprego ou pelo esgotamento causado pela síndrome de burnout, muitas pessoas têm sentido a necessidade de cuidar da saúde mental durante a pandemia. Não deixe de buscar ajuda profissional caso apresente um dos seguintes sintomas:
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cansaço mental e físico em excesso;
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dificuldade de concentração;
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perda de apetite;
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irritabilidade;
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insônia;
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lapsos de memória;
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baixa autoestima;
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desânimo;
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ansiedade;
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dificuldade de respirar;
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pressão alta;
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alteração no ciclo menstrual.
Com acompanhamento psicológico, psiquiátrico e de um clínico geral, é possível vencer esta síndrome.
O que devemos fazer para manter a saúde em dia?
Veja alguns cuidados que ajudam a manter a saúde e o bem-estar:
Exames de rotina
A partir do check-up é possível diagnosticar diversas doenças ainda em estágio precoce, o que aumenta as chances de cura. Não se esqueça de realizar exames como Papanicolau; mamografia; hemograma e, no dia a dia, o autoexame das mamas.
Dieta balanceada
Fuja de métodos e pessoas que prometem milagres e invista no acompanhamento com nutricionistas e nutrólogos, pois assim como o excesso, o déficit de substâncias também causa danos à saúde.
Exercício físico
A prática regular de atividades físicas auxilia na circulação sanguínea, fortalece o sistema imunológico e diminui o risco de desenvolver doenças cardíacas.
Terapia
O cérebro entende o estresse como um estado de alerta e aciona mecanismos de defesa, por isso, é natural que em situações difíceis, fiquemos com os músculos tensionados, coração acelerado e a respiração ofegante.
Além das influências externas, por conta da intensa produção de hormônios, as gestantes passam por diversas transformações emocionais ao longo dos nove meses e podem apresentar alteração de humor ou ficar mais sensíveis. Conte com a ajuda de um psicólogo para gerenciar o estresse.