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Dor nos seios: mastalgia e tipos de dores na mama mais comuns

Quando associada a outros sintomas específicos, dor nos seios pode ser indício de câncer de mama

​​A mastalgia é um fenômeno comum que atinge aproximadamente 70% das mulheres. Também conhecida como dor na mama, ela pode ser ocasionada, por exemplo, pelo inchaço dos seios e as demais alterações hormonais típicas do ciclo menstrual e da menopausa. Porém, há casos em que é preciso se preocupar. Quando a dor é muito intensa e persistente, o ideal é consultar um médico. O Dr. Victor Araujo Machado, oncologista clínico do CHN, fala sobre o assunto. 

 Mastalgia: o que é e por que acontece?

Mastalgia é o nome que se dá às dores localizadas na região da mama. Geralmente, essa sensibilidade se manifesta apenas como uma dor desconfortável e logo desaparece. Ela é dividida em três níveis:

​▪ cíclica – acomete mulheres entre 30 e 40 anos cerca de duas semanas antes da menstruação. É o tipo mais comum de mastalgia;

▪ acíclica – por estar ligada à menopausa, essa dor atinge mulheres na faixa dos 50 anos;

▪ não mamária – funciona como um sinal de que há algo errado com outra região, sendo necessário realizar exames a fim de descobrir qual a verdadeira razão do desconforto. 

Quais as principais causas da dor nos seios?

Boa parte dos casos em que o bico do peito fica dolorido é consequência do ciclo menstrual ou de eventos específicos, como atritos e batidas. Outras condições que levam a um quadro de dor nos seios são relacionados a seguir.

Mastite

É uma inflamação que incide sobre lactantes, mas também pode atingir homens. Costuma se manifestar nas 12 primeiras semanas depois do parto. Os principais sintomas são inchaço, coceira e calafrio. Caso ocorra, há necessidade de interromper a amamentação.

Doença de Paget

É um tipo de câncer de mama que se desenvolve na região do mamilo.

Cistos

Consiste no acúmulo de líquido causado pela obstrução do ducto lactífero (que produz o leite). Afeta, principalmente, mulheres jovens.

Abscessos

É a concentração de pus decorrente de infecções. 

Em caso de dor persistente por mais de 15 dias, consulte um ginecologista. O diagnóstico precoce previne o agravamento do quadro e suas consequências.

Sensação de agulhadas na mama: o que pode ser?

A região dos seios é bastante sensível. Isso se dá pelo grande número de terminações nervosas, que enviam sinais ao cérebro para que ele responda aos estímulos de dor, calor ou toque, por exemplo. A sensação de agulhadas pode ser sinal de algum distúrbio nervoso ou até mesmo de câncer de mama.

​Mama dolorida pode indicar câncer de mama?

Sim, porém apenas se a mastalgia estiver associada a outro sintoma, como feridas no bico do peito ou saída de fluido cristalino, sanguinolento ou acastanhado da região.

O autoexame consiste na palpação da mama e é dividido em três estágios: em frente ao espelho, de pé e deitada. Em todos eles, uma das mãos deve estar atrás da cabeça enquanto a outra examina o seio oposto. Faça movimentos circulares, de dentro para fora, de cima para baixo, e pressione o mamilo para verificar se há a presença de secreção. Não se esqueça de analisar possíveis alterações de tamanho, forma ou cor. Repita o processo na outra mama. 

Quando procurar um médico?

Manter as consultas ginecológicas em dia já é um grande passo para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças ou, caso necessário, para dar início ao tratamento de possíveis patologias. Sempre que notar alguma alteração ou dor sem motivo aparente, relate-a com detalhes ao médico. Vale lembrar que homens também podem ser vítimas de câncer de mama.

“Nos homens, o principal sintoma é a percepção de um nódulo endurecido atrás ou ao redor do mamilo. Outro sinal que pode levantar a suspeita de um câncer de mama é o aparecimento de um 'caroço' na axila, que pode indicar um gânglio linfático aumentado", alerta o Dr. Victor.

O médico explica ainda que, em caso de suspeita de câncer de mama em homens, a investigação inicial pode ser feita por médicos como clínico geral e urologista, mas o tratamento – assim como nas mulheres – é feito por uma equipe composta pelo mastologista, oncologista clínico e radioterapeuta, entre outros especialistas. O recado final é: não ignore os sinais que o corpo manda e busque atendimento profissional sempre que necessário.

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