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Febre em bebês: o que deve ser feito, qual temperatura é considerada febre e quais as causas

Consultar o pediatra antes de ministrar medicamentos às crianças pode evitar alergias e hipersensibilidades

​Durante a gestação, os pais vivem emoções que vão da euforia da descoberta à preocupação com questões como saúde da mãe e prematuridade. Após o nascimento do bebê, essas dúvidas dão lugar às aflições relacionadas à prevenção de acidentes e outros problemas que podem prejudicar sua saúde.

Mesmo com atenção redobrada e tomando todos os cuidados necessários, como a vacinação, nem sempre é possível evitar que as crianças adoeçam. A febre em bebês, por exemplo, é uma preocupação constante no dia a dia dos pais e gera bastante dúvida sobre qual a melhor maneira de agir diante dessa situação. Para esclarecer os principais questionamentos sobre o tema, convidamos a dra. Christine Tamar, coordenadora da Pediatria do CHN. Confira. 

Febre no bebê: o que é?

A febre é uma reação do organismo à presença de anomalias que interferem em seu funcionamento. Segundo a especialista, quando o corpo é “invadido" por agentes externos (como vírus, bactérias, fungos, toxinas e drogas), este reage dilatando os vasos sanguíneos para levar mais sangue ao local agredido e aumenta a produção de anticorpos e glóbulos brancos, com o objetivo de defender, dificultar ou até inibir a multiplicação dos agentes agressores.

“A febre é uma das queixas mais comuns nos atendimentos pediátricos, representando 20% a 30% das consultas nos consultórios, 65% das consultas nos serviços de emergência, e até 75% nos atendimentos telefônicos e WhatsApp dos pediatras", afirma. 

Qual temperatura é considerada febre em bebê?

No caso da febre em bebês, inicialmente pode ser difícil identificá-la. Nesse sentido, se seu filho está “amoado" e apresenta mudanças comportamentais, medir sua temperatura pode ser uma boa ideia. De acordo com a dra. Christine, não há consenso absoluto entre os vários autores sobre o valor específico para definição de febre em crianças, em decorrência das inúmeras variáveis que interferem neste momento.

A temperatura muda de acordo com o local onde é medida e, de maneira geral, são aceitas as seguintes faixas de valores para febre, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria:

  • Temperatura retal acima de 38 ºC - 38,3ºC
  • Temperatura oral acima de 37,5 ºC - 37,8ºC
  • Temperatura axilar acima de 37,2 ºC - 37,3ºC
  • Temperatura auricular acima de 37,8 ºC - 38ºC 

Quais as causas de febre em bebês?

Com relação às causas da febre em crianças, a especialista explica:

“Tanto doenças virais como bacterianas – com bom prognóstico ou má evolução – podem apresentar os mais variados graus de temperatura e intervalos entre picos febris. A história clínica trazida pela família e o exame físico do paciente, realizado pelo médico, devem ser detalhados e, a partir daí, se não for encontrada nenhuma justificativa para a ocorrência da febre, exames complementares (laboratoriais e radiológicos) poderão ser solicitados, de acordo com a avaliação médica". 

Como medir a febre no bebê?

Apesar de ser um hábito bastante comum, apenas colocar a mão na testa não é uma forma eficiente de aferir a febre no bebê. A melhor opção é utilizar um termômetro, que pode ser inserido no reto, no ouvido, na testa ou na axila.

“Habitualmente, no Brasil, utiliza-se mais frequentemente a aferição da temperatura axilar, que consiste em colocar o termômetro na axila e manter o braço firmemente apertado no tórax por quatro minutos", complementa a médica. Ela ainda explica que o quadro clínico da febre caracteristicamente inclui:

  • Extremidades frias;
  • Ausência de sudorese;
  • Sensação de frio e, eventualmente, tremores;
  • Taquicardia (“coração acelerado");
  • Taquipneia (“respiração acelerada").

A febre pode ser classificada como aguda se durar menos ou até 14 dias, recorrente ou periódica se for uma febre esporádica intercalada por períodos afebris ou crônica se durar mais de 14 dias, que é mais comumente chamada de febre de origem indeterminada. Vale ressaltar que a resposta aos antitérmicos e o grau da temperatura não têm relação direta com a causa da febre. 

O que fazer para baixar a febre no bebê?

O controle da febre em crianças pode ser feito com antitérmicos indicados pelo pediatra. É importante seguir a orientação do profissional que acompanha seu filho, pois isso diminui os riscos de alergias ou hipersensibilidades.

A SBP recomenda que, em crianças, esses medicamentos devem ser utilizados quando a febre está associada a desconforto evidente (como choro intenso, irritabilidade, redução da atividade, perda de apetite e distúrbio do sono). Além disso, métodos físicos como o banho frio, por exemplo, têm efeito rápido, mas além de durarem por pouco tempo, tendem aumentar a irritabilidade do bebê, pois podem causar calafrios. 

Em quais casos deve-se procurar um médico?

Quando a febre no bebê persiste mesmo após os cuidados, a melhor opção é consultar um pediatra para que o profissional investigue o que pode ter provocado esse sintoma. Busque o serviço de pronto atendimento caso existam sintomas associados, como diarreia, vômito, tosse, coriza e manchas no corpo.

“A avaliação realizada pelo médico deve ser feita com a criança sem febre, pois a própria febre pode deixar o paciente com variados graus de prostração. Não há necessidade de se estar febril no momento do exame clínico, pois este fato não contribui para a elucidação diagnóstica. A criança examinada com febre provavelmente estará mais chorosa, irritada, com aumento das frequências cardíaca e respiratória e hiperemia de mucosas (aumento do fluxo sanguíneo para um órgão ou tecido). Então, é necessário medicar, aguardar e reexaminar após a queda da temperatura para melhor avaliação do estado geral", relata a Dra. Christine. 

Pediatria do CHN: ambiente lúdico e cuidado integrado

No CHN, os pacientes podem contar com uma equipe multidisciplinar experiente e altamente capacitada, que recebe os pequenos pacientes de forma acolhedora e humanizada. Ela atua em um ambiente tecnológico projetado especialmente para atender às necessidades das crianças e seus familiares – incluindo pacientes onco-hematológicos que foram transplantados.

O CHN também conta com emergência exclusiva para pediatria com seis consultórios, seis leitos de observação, duas salas de triagem, dez boxes de medicação e inalação e uma sala de grande trauma, além de leito de isolamento para casos de doenças infectocontagiosas. A Unidade de Internação Pediátrica engloba 30 leitos, dos quais 18 são de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Para mais informações, entre em contato com a Central de Atendimento pelo número (21) 2729-1000 (opção 2).

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