A medula óssea é um tecido encontrado no interior de alguns ossos e é responsável pela produção dos componentes do sangue, incluindo plaquetas, glóbulos brancos e glóbulos vermelhos. Devido à importância dos glóbulos brancos para o bom funcionamento do sistema imunológico, quando essas células sofrem mutações, de acordo com o subtipo afetado e seu grau de maturidade, temos um tipo diferente de “câncer no sangue". Abaixo, a Dra. Mayara Rêgo, hematologista do CHN, explica o que é e quais sinais devem ser avaliados por um médico.
O que é câncer no sangue?
Câncer no sangue é um termo popular utilizado para se referir à uma categoria geral de doenças onco-hematológicas que atingem o sangue, a medula óssea e o sistema linfático. Entre elas, estão condições como leucemia, linfoma e mieloma múltiplo, por exemplo.
Quais são os sintomas de câncer no sangue?
As manifestações do câncer no sangue dependem do tipo de doença, já que os sintomas envolvem desde alterações muito agressivas que deixam o paciente muito frágil, até condições assintomáticas. Algumas manifestações frequentemente observadas são:
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Aumento do baço e do fígado;
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Cansaço;
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Dor nos ossos, principalmente no quadril, na coluna e nas costelas;
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Febre;
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Fraturas espontâneas;
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Hematomas e sangramentos sem motivo aparente;
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Inchaço de gânglios;
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Indisposição e sonolência;
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Infecções recorrentes;
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Palidez;
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Perda de peso inexplicado;
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Sintomas de cálcio elevado, como desorientação, por exemplo;
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Suor excessivo durante a noite;
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Tontura.
“Por se tratar de sintomas inespecíficos e que podem estar presentes em uma série de outras condições, o diagnóstico pode ser difícil, principalmente porque os pacientes demoram para chegar no hematologista. Por isso, caso apresente algum desses sintomas, não deixe de relatar ao médico", recomenda a especialista.
Existem diferentes tipos de câncer no sangue?
De forma geral, os tipos de câncer no sangue são determinados de acordo com a célula de origem da doença, entenda melhor abaixo.
Leucemias agudas
As leucemias agudas são consequências de mutações nas células que ainda não atingiram a maturidade, transformando-as em células cancerosas com rápida proliferação. Devido à rapidez da multiplicação, estas células não conseguem amadurecer e por isso, não são funcionais e prejudicam o desenvolvimento das saudáveis. “A consequência é um colapso da medula, que causa sangramento, sintomas de anemia e infecções relacionadas à queda de plaquetas, glóbulos vermelhos e glóbulos brancos, respectivamente", completa a Dra. Mayara.
Os tipos mais comuns são:
- Leucemia linfoide aguda (LLA): afeta células precursoras de linfócitos. É o tipo mais comum em crianças pequenas;
- Leucemia mieloide aguda (LMA): atinge células mieloides imaturas. É mais frequente em idosos.
Leucemias crônicas
As leucemias crônicas são um grupo de doenças que acometem as células mais maduras do sangue, o que gera sua proliferação e acúmulo. Em geral, a evolução é lenta e muitos pacientes não têm nenhum sintoma nas fases iniciais, não sendo incomum diagnosticá-las em exames de rotina. Com o avanço do quadro, sintomas como anemia, sangramento e aumento de gânglios podem aparecer. “Importante ressaltar que, em alguns casos, o tratamento correto é apenas o acompanhamento, apesar de ser uma doença grave por definição", explica a Dra. Mayara.
Os tipos mais comuns são a leucemia linfocítica crônica (LLC) e leucemia mieloide crônica (LMC).
Mielomas
O mieloma múltiplo é o tipo de câncer no sangue que atinge os plasmócitos, células da medula óssea que produzem anticorpos para combater agentes causadores de enfermidades. Os sintomas comuns são anemia, dor óssea, insuficiência renal e sintomas de cálcio elevado.
É mais comum em idosos e apesar de não ter cura, existe tratamento para controle da doença, o que aumenta a sobrevida com qualidade. O diagnóstico precoce é muito importante, pois possibilita uma vida com bem-estar e independência.
Linfomas
O linfoma tem origem nos linfócitos. Existem dois principais tipos: o linfoma de Hodgkin e os linfomas não-Hodgkin. Os sintomas mais frequentes incluem aumento de gânglios, febre persistente e inexplicável, sudorese noturna e perda de peso involuntária. O aumento de gânglios, geralmente, é a primeira manifestação notada e pode aparecer nas regiões do pescoço, axilas e virilha. O diagnóstico precoce aumenta a chance de sucesso do tratamento.
Fatores de risco
A maioria dos casos de câncer no sangue não têm causa definida. Entretanto, é possível estabelecer alguns fatores de risco gerais:
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Benzeno: substância presente na gasolina;
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Doenças hereditárias como síndrome de Down;
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Exposição a substâncias químicas;
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Formaldeído (formol): muito usado na indústria de cosméticos e solventes;
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Quimioterapia;
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Radiação ionizante: proveniente de procedimentos médicos como radioterapia.
“Algumas condições que envolvem o sistema imune, como infecção pelo HIV e doenças autoimunes também são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer no sangue", explica a Dra. Mayara Rêgo.
Como é o tratamento?
É importante ressaltar que cada doença tem seu tratamento específico. Porém, de modo geral, envolve quimioterapia, imunoterapia, terapia-alvo e transplante de medula óssea. A hematologista complementa:
“É importante que o tratamento seja personalizado para atender não só a doença, mas as necessidades individuais de cada paciente", finaliza.
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