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Marca-passo cardíaco: o que é e principais cuidados

Equipamento regulariza os batimentos cardíacos para manter o bom funcionamento do órgão

Quando a saúde do coração não funciona como deveria em sua função de manter uma frequência mínima dos batimentos cardíacos, é necessário a colocação de um marca-passo cardíaco. Os equipamentos e técnicas de implante estão cada dia mais inovadores, como por exemplo: os aparelhos de hoje são menores, permitem a realização de ressonância magnética sem que esta interfira no seu funcionamento, ajustam a frequência cardíaca do paciente às necessidades momentâneas do corpo, funcionam como um monitor que grava o ritmo cardíaco e permite o diagnóstico de arritmias cardíacas sintomáticas ou não, além de permitir a monitorização do funcionamento do coração e do grau de atividade do paciente à distância. 

O que é e para que serve o marcapasso cardíaco? 

De acordo com a dra. Nágela Nunes, cardiologista do CHN, o marca-passo cardíaco permanente é um equipamento eletrônico composto de uma bateria de aproximadamente 5 cm que é implantada debaixo da pele do paciente por meio de uma pequena cirurgia, ligada a um cabo (ou eletrodo) que é posicionado dentro do coração. Quando a bateria não é implantada por baixo da pele, ele pode ser removido após utilização em situações passageiras, sendo denominado, portanto, de marca-passo provisório. A função dele é monitorar continuamente os batimentos cardíacos e estimular o coração quando ele falha, garantindo uma frequência cardíaca mínima necessária. A bateria do aparelho é de lítio e, geralmente, dura de seis a doze anos. Esse tempo de duração varia de acordo com a necessidade do equipamento em trabalhar e de acordo com a programação instituída.

Tipos de aparelhos 

Existem diversos tipos de marca-passo. A maior parte deles é usada para garantir o ritmo normal do coração, aumentando os batimentos cardíacos quando a frequência cardíaca cai muito, permitindo também que ela aumente durante a atividade física, o que é fundamental para o aumento da chegada de sangue aos músculos, necessário para o perfeito funcionamento do corpo.  Outros são usados em pacientes com insuficiência cardíaca para melhorar a capacidade do coração em bombear sangue para o corpo, sincronizando as contrações dos dois corações (o direito e o esquerdo) e das paredes opostas do coração esquerdo, sendo conhecidos como ressincronizadores. Outros, ainda, os desfibriladores, são indicados para pacientes com alto risco de apresentarem uma parada cardíaca decorrente de uma arritmia fatal. A função dos desfibriladores é impedir a parada cardíaca, revertendo as arritmias.

  • Marca-passo de câmara única: tem apenas um cabo ou eletrodo que está ligado ao ventrículo ou ao átrio;
  • Marca-passo de câmara dupla: tem dois cabos. Um deles está ligado ao átrio e outro ao ventrículo direito;
  • Marca-passo biventricular: que possibilita o batimento sincronizado e efetivo nos dois corações (o direito e o esquerdo).​

Quando o marcapasso é indicado? 

Segundo a dra. Nágela, o cardiologista pode indicar implante de um marca-passo quando uma pessoa tem alguma doença que faça diminuir muito os batimentos cardíacos, como: doença do nó sinusal, bloqueio atrioventricular, bloqueio sinoatrial, hipersensibilidade do seio carotídeo, dentre outros. Além disso, também podem ter indicação de marca-passos ressincronizadores os pacientes portadores de insuficiência cardíaca ou de desfibriladores para aqueles que correm risco de desenvolverem uma arritmia fatal.

Como é feita a cirurgia? 

O procedimento para o implante do marca-passo normalmente é rápido e simples. É feito com anestesia geral e analgesia complementar para o conforto do paciente. A bateria do marca-passo é inserida por meio de um pequeno corte no tórax (nos adultos) ou no abdômen (nas crianças), a qual se conecta a um (de câmara única), dois (câmara dupla) ou três cabos (marca-passo ressincronizador).

Principais cuidados após a cirurgia 

Após a cirurgia, a pessoa já pode ir para casa no dia seguinte. Ela precisará de repouso no primeiro mês e fará as revisões do funcionamento do marca-passo a cada 6 meses. Os pacientes com um marca-passo no tórax podem ter uma vida normal, mas devem evitar grandes esforços nos primeiros 3 meses depois de realizada a cirurgia. É importante que o paciente relate que possui marca-passo ao frequentar academias, ao fazer fisioterapia e antes da realização de exames de ressonância magnética, pois pode haver interferência no funcionamento do marcapasso em relação aos equipamentos utilizados nesses locais. 

O acompanhamento médico constante é fundamental para manter a saúde do coração em dia. Assim, o atendimento especializado tanto para consultas regulares quanto para emergências cardíacas​ representa mais segurança ao paciente.

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