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Vacina: a importância da imunização contra doenças

Manter as vacinas em dia possibilita a prevenção em todas as idades

​​​A busca por uma vacina contra a Covid-19 tem sido um dos principais assuntos de​ste ano, evidenciando a importância da imunização para deter algumas doenças. O Dia da Imunização, comemorado em 9/6, foi criado pelo Ministério da Saúde para conscientizar a população sobre a necessidade de manter a vacinação sempre em dia, tanto de crianças quanto de adultos, para proteger a saúde de vírus e bactérias e manter algumas doenças erradicadas, como a varíola e a poliomielite.

Segundo o Ministério da Saúde, as vacinas são criadas com agentes imunizadores, que são produzidos com os organismos que causam as doenças (vírus e bactérias). Eles são injetados ou ingeridos para que produzam anticorpos contra os componentes que formam a vacina, a chamada “imunização ativa”. Quando o corpo produzir os anticorpos, também produzirá células para combater a doença. Assim, quando o organismo é novamente infectado, ele é capaz de fabricar as células de defesa de forma rápida para impedir o progresso da patologia.

É importante destacar que a vacina atua como prevenção, e não na cura de doenças, por isso, deve ser aplicada antes que ocorra a contaminação. Outro fato é que algumas vacinas protegem não apenas o paciente vacinado, como também outras pessoas ao redor. De acordo com a Dra. Christine Tamar, coordenadora da Pediatria do CHN, é na infância que a maioria das vacinas é aplicada por causa da necessidade de fortalecer o sistema imunológico infantil. Quanto antes a criança ficar imune, melhor para a saúde dela.

Para os recém-nascidos, tanto as primeiras vacinas quanto as vacinas recebidas por sua mãe durante a gestação são fundamentais para a prevenção de doenças. Isso porque seu sistema imunológico ainda é bastante frágil e suscetível a infecções. Nas crianças de até 10 anos, devem ser aplicados vacinas e seus reforços para evitar que a exposição na escola, por exemplo, facilite o contágio de doenças como difteria, coqueluche, tétano e influenza.

Já os adolescentes precisam estar protegidos contra a meningite meningocócica, já que fazem parte do grupo de maior risco para a doença. Nessa idade, meninos e meninas também devem receber a imunização contra o vírus HPV, responsável por mais de 90% dos casos de câncer anal e 63% de câncer de pênis. O HPV também é um dos principais causadores do câncer do colo do útero que, em 2018, atingiu 570 mil mulheres em todo o mundo.

As vacinas são importantes e necessárias não apenas na infância, mas durante toda a vida. Como para idosos contra gripe, pneumonia e tétano; mulheres em idade fértil contra rubéola e tétano; profissionais de saúde; pessoas que viajam muito e outros grupos de pessoas também têm recomendações para receberem vacinas específicas. 


Principais vacinas que devem ser tomadas ao longo da vida


​Crianças


  • BCG - formas graves de tuberculose

  • Hepatites A e B

  • Pentavalente - difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b

  • VIP/VOP - poliomielite (paralisia infantil)

  • Pneumocócica 10-valente - contra dez subtipos da bactéria pneumococo

  • Rotavírus

  • Meningocócica C - meningite C

  • Febre amarela

  • Tríplice viral - sarampo, rubéola e caxumba

  • Influenza - gripe (Influenza e H1N1)

  • HPV


Adultos


De acordo com o Ministério da Saúde, depois dos 20 anos, a pessoa precisa ter sido vacinada pelo menos contra sarampo, caxumba, rubéola, hepatite B, febre amarela, difteria e tétano.


Idosos


Já os idosos precisam tomar as seguintes vacinas: gripe e pneumococo. É importante manter a caderneta de vacinação em fácil acesso para saber quais vacinas já foram tomadas, mas caso tenha perdido e não se lembre de quais já foram ministradas, considere a aplicação de todas as doses necessárias à sua idade. A imunização por meio de vacinas tem excelentes resultados.


Novidades em relação às vacinas em 2020


De acordo com a Dra. Christine Tamar, com a intenção de melhorar a cobertura vacinal brasileira, o Ministério da Saúde promoveu duas ampliações no Calendário Vacinal Nacional para 2020. A primeira diz respeito à febre amarela, que, apesar de uma dose ser capaz de imunizar por toda a vida, quando utilizada em crianças muito novas, a eficácia pode ser comprometida. Por esse motivo, houve uma nova recomendação de reforço aos 4 anos. Além disso, todo o território nacional passou a ser prioritário para a vacinação.​

Outra mudança foi a ampliação da cobertura em relação à influenza: agora, adultos entre 55 e 59 anos também estão no grupo-alvo. Os grupos prioritários anteriores permanecem cobertos. Além das ampliações, o ministério incluiu uma nova vacina: a meningocócica ACWY conjugada, que substituiu o reforço da meningocócica C para os adolescentes de 11 e 12 anos e previne os quatro sorotipos da meningite bacteriana: A, C, W e Y.


Estatísticas dos últimos anos


Ainda segundo a médica, em geral, a meta de vacinação estimada é de 90% a 95% da população. Desde 2016, foram observadas quedas desse percentual em diversas faixas etárias. Em média, estima-se o seguinte percentual de cobertura vacinal: 84,4% em 2016; 83,4% em 2017; 74% em 2018; 77% em 2019 e 48% em 2020. Segundo o Ministério da Saúde, mais da metade das cidades brasileiras não tem cobertura adequada para a maioria das vacinas do calendário nacional. Apenas 44,6% dos municípios alcançaram a meta estipulada para a poliomielite, assim também ocorreu com a hepatite A, BCG (que previne contra formas graves da tuberculose), rotavírus, meningocócica C e pentavalente. Com a pandemia, a procura foi ainda menor. Ela explica que a não vacinação pode provocar a morte e o sofrimento de milhões de pessoas. Uma pessoa que decide não se vacinar ou vacinar seus filhos pode colocar em risco sua comunidade inteira, não sendo, portanto, uma atitude sem consequências.​

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