Você sabe o que é a cardio-oncologia? Essa subespecialidade, que une conhecimentos tanto de oncologia quanto de doenças cardiovasculares, é dedicada ao acompanhamento de pacientes que podem desenvolver ou agravar quadros relacionados ao coração durante seu tratamento para o controle do câncer.
O que é cardio-oncologia?
Segundo a dra. Katia Luz, cardiologista do CHN, essa atenção a mais se deve à cardiotoxicidade – efeitos colaterais que podem prejudicar a função cardíaca do paciente oncológico devido às terapêuticas indicadas para o tratamento dos tumores. Atualmente elas podem ser mais frequentes devido, principalmente, ao aumento da expectativa de vida do paciente que tratou um quadro de câncer.
“O principal objetivo da cardio-oncologia é justamente prevenir que o coração do paciente oncológico tenha problemas durante ou logo após o tratamento do câncer. O diagnóstico precoce de qualquer alteração cardiovascular nesse período também é muito importante porque o cardiologista que acompanha o paciente poderá agir o mais rápido possível, evitando que esse quadro se desenvolva e auxiliando o oncologista a manter o melhor tratamento para o seu paciente"
Principais doenças cardiovasculares que podem se desenvolver no paciente oncológico
- Doença arterial coronariana (DAC)
- Insuficiência cardíaca
- Arritmias cardíacas
- Doenças do pericardio (pericardite)
A interação entre o cardiologista e o oncologista é essencial para promover mais qualidade de vida e um prognóstico melhor ao paciente. De acordo com o dr. Victor Machado, oncologista da Dasa, muito da cardiotoxicidade se deve aos tipos de tratamentos à base de algum quimioterápico. As terapêuticas oncológicas foram aprimoradas para aumentar as chances de cura da doença e o tempo de vida do paciente, mas para isso precisaram fazer combinações de medicamentos potencialmente mais nocivos à saúde cardiovascular.
Em alguns casos, o paciente acaba falecendo devido às complicações causadas pela doença cardiovascular, e não por causa do câncer. Por isso, é de extrema importância que todo paciente oncológico, assim que tiver seu diagnóstico de câncer confirmado, também passe a se consultar com um cardiologista para que ambos os profissionais possam alinhar suas formas de tratamento e promover uma qualidade de vida melhor para o paciente.
