Um dos principais objetivos da campanha de Outubro Rosa, campanha de visibilidade mundial que tem o câncer de mama como foco das discussões, é mostrar o quanto o diagnóstico precoce, feito ainda no estágio inicial da doença, beneficia o prognóstico da paciente. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a chance de cura em casos de câncer de mama diagnosticados em seu primeiro estágio pode chegar a 95% quando tratado de forma adequada.
Segundo o dr. Victor Machado, oncologista do CHN, quanto mais cedo a paciente perceber os sintomas e rastrear o câncer de mama, mais chance o seu tratamento terá de reduzir as células tumorais e devolver sua qualidade de vida. Da mesma forma, se o quadro for diagnosticado apenas em estágios mais avançados ou até mesmo em fase de metástase, quando o órgão passa a afetar outros órgãos e estruturas do corpo além do seu local de desenvolvimento, a paciente terá chances reduzidas de sucesso em sua recuperação.
“Os chamados exames de rastreamento, como a mamografia e a ultrassonografia das mamas, contribuem para o diagnóstico precoce do câncer de mama e devem começar a fazer parte da rotina das mulheres entre os 40 e 50 anos. Quanto mais inicial o estágio da doença, maior a chance de cura e menor a necessidade de tratamentos mais agressivos, como a quimioterapia"
É importante que mulheres e profissionais de saúde sejam informados sobre os sinais de alerta para o câncer de mama. A mulher deve estar atenta sobre seu corpo e, para isso, recomenda-se que ela observe e palpe suas mamas sempre que se sentir confortável para isso, por exemplo ao trocar de roupa ou no banho. Qualquer alteração suspeita nas mamas deve ser investigada pelo médico - esta conscientização salva vidas. Outros sinais podem indicar o quadro:
Principais sinais e sintomas do câncer de mama
- caroço ou protuberância no seio ou em áreas próximas;
- mamilo com aparência descamada ou com secreção anormal
- alterações na pele dos seios, com aspecto “casca de laranja"
- homens com nódulos perto do mamilo
- hiperemia (aumento do fluxo sanguíneo), causando vermelhidão
- inversão do mamilo
Fatores de risco para o câncer de mama
Todas as mulheres podem desenvolver o câncer de mama em algum estágio da sua vida, porém existem fatores de risco que aumentam essas chances – como a idade, já que, segundo o Ministério da Saúde, quatro em cada cinco mulheres com diagnóstico de câncer têm mais de 50 anos. Alguns fatores estão relacionados ao estilo de vida, como obesidade e ganho de peso após a menopausa, sedentarismo e consumo excessivo de bebida alcoólica. Já outros são relacionados às questões hormonais, como ter tido a primeira menstruação antes dos 12 anos e não ter tido filhos – ou ter engravidado após os 30 anos. O histórico familiar de câncer de mama na família também aumenta a chance de uma paciente ter câncer de mama, principalmente se tiver ocorrido em parentes próximos, como mãe, avós e tias.
O que fazer em casos de sintomas de câncer de mama
Em caso de sinais e sintomas suspeitos, é indicado que a paciente busque o quanto antes a opinião de um médico especialista, que poderá solicitar exames especializados para que o diagnóstico do câncer de mama seja confirmado ou descartado. Para reduzir o risco de desenvolver o câncer de mama, mantenha um estilo de vida saudável, com boa alimentação, prática de atividades físicas ao menos três vezes na semana e moderação no consumo de bebidas alcoólicas.
