Linfoma é o tipo de câncer que se desenvolve nos linfócitos, as células responsáveis pelo sistema linfático – que se encarrega pelas defesas do organismo. Ele surge quando essas células são formadas com defeito no seu material genético e começam a proliferar de maneira desordenada. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são registrados cerca de 10 mil casos de linfomas por ano no Brasil.
Segundo a dra. Simone Maradei, hematologista do CHN, habitualmente existem dois grandes grupos de linfoma: o Linfoma de Hodgkin e os chamados “linfomas não Hodgkin", que englobam mais de 40 tipos. É um tipo de câncer originado dos gânglios linfáticos e a célula envolvida pode ser o linfócito T ou linfócito B.
Muito se têm estudado a respeito dos fatores etiológicos e/ou de risco para o desenvolvimento dos tumores, porém, em sua maioria, os linfomas se desenvolvem, aparentemente, sem uma causa definida. Porém, sabe-se que esse quadro pode resultar de translocações cromossômicas, infecções, fatores ambientais, estados de imunodeficiência e inflamação crônica. Alguns vírus também podem estar associados ao aparecimento do linfoma, como HIV, HTLV e o Epstein barr.
“A grande maioria dos casos atinge pacientes idosos, mas a doença pode se manifestar em qualquer idade, inclusive em adolescentes e crianças. Por isso, é muito importante estar sempre atento aos sintomas para que a detecção do quadro seja feita ainda na fase inicial"
No estágio inicial da doença, surgem gânglios, também conhecidos como ínguas, que podem aparecer visivelmente na região do pescoço, axila e virilha, mas também crescem dentro do corpo em áreas como abdômen e em uma região do tórax chamada mediastino. Eles tendem a persistir por mais de 4 semanas, geralmente indolores e sem sinal inflamatório. Além disso, os pacientes podem apresentar febre comumente no final da tarde, perda de peso sem explicação e sudorese (excesso de suor) noturna.
Ao sinal desses sintomas, é essencial que o paciente busque a orientação do seu médico que confiança para avaliar sua saúde. O diagnóstico do linfoma é feito através da biópsia, que consiste em retirar um pedaço desse gânglio para que um patologista especializado possa analisá-lo. Como existem muitos subtipos de linfomas, é importante que o exame seja feito em um centro de referência para que o diagnóstico seja feito de forma precisa.
Após o diagnóstico, o hematologista avaliará se existem outras áreas acometidas pelo câncer. Dependendo do tipo encontrado, também são pedidos exames de imagem para auxiliar no diagnóstico.
“Levando em consideração o tipo de câncer apresentado pelo paciente, o hematologista definirá a melhor abordagem terapêutica, que pode incluir quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e transplante de células-tronco hematopoéticas"
O diagnóstico precoce e a correta identificação do tipo de linfoma são a chave para o sucesso do tratamento. Na maioria dos casos, o tumor pode ser curado totalmente e o paciente pode voltar à sua vida normal.
Centro de Excelência em Doenças Hematológicas do CHN
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