Em 2016, uma notícia deixou os amantes do rock apreensivos: um dos guitarristas mais famosos do mundo, Eric Clapton declarou que sofre de neuropatia periférica. Além da preocupação natural por uma pessoa querida enfrentar algum problema, o receio dos fãs também era justificado pelas complicações causadas por essa doença, que compromete a mobilidade das mãos, por exemplo. Neste artigo, o Dr. Marcus Tulius, neurologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), fala o que é neuropatia periférica e descreve seus sintomas e tratamentos.
O que é neuropatia periférica?
A neuropatia periférica é uma condição causada pela falta de comunicação entre o cérebro, a medula espinhal e outras áreas do corpo. Atinge pessoas de todas as faixas etárias, especialmente aquelas com mais de 40 anos. A doença afeta os nervos nas extremidades do corpo, como as mãos, os pés e as pernas, e pode levar à perda da sensibilidade e atrofia muscular.
O que causa a neuropatia periférica?
Essa condição, relativamente comum, pode ter muitas causas, incluindo:
- Abuso de bebidas alcoólicas;
- Carência de vitaminas do complexo B;
- Diabetes;
- Doenças autoimunes, como reumatismo, psoríase e lúpus;
- Hanseníase;
- Hipotireoidismo;
- Infecção pelos vírus HIV, HTLV-1 ou 2 e hepatite C;
- Inflamações nos nervos causadas por lesões ou esforços repetitivos;
- Insuficiência renal;
- Intoxicação por agrotóxico.
O médico destaca que as causas mais comuns para o desenvolvimento da patologia é a presença de neuropatia diabética, neuropatia da hanseníase e carencial (vitaminas do complexo B) e excesso de bebidas alcoólicas e declara que a alteração também pode ser um efeito colateral do uso de antibióticos e quimioterápicos.
O que pode piorar a neuropatia periférica?
Segundo o Dr. Marcus, as principais causas de piora de uma neuropatia periférica são o consumo de álcool e a carência de vitaminas do complexo B.
Quais são os sintomas da neuropatia periférica?
Os sintomas da neuropatia periférica podem incluir formigamento, dormência e dor nas áreas afetadas. Em casos graves, tendem a causar fraqueza, perda de sensibilidade e dificuldade para mover as regiões do corpo comprometidas.
Que médico procurar?
A neurologia é a especialidade médica que estuda, diagnostica e trata disfunções que atingem o cérebro, a medula e os nervos, incluindo a neuropatia periférica.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é obtido por meio de exame clínico realizado pelo neurologista, alguns exames de sangue e da eletroneuromiografia (avalia os nervos e os músculos dos braços e das pernas). “Em alguns casos, pode ser necessária uma punção lombar para análise do líquido cefalorraquiano ou mesmo uma biópsia do nervo", completa o médico.
Tratamentos para a neuropatia periférica
A possibilidade de cura para o problema depende da causa, ou seja, varia entre uma pessoa e outra. Entretanto, com supervisão profissional e tratamento adequado, os pacientes podem levar uma vida ativa e com qualidade. Essas abordagens incluem medicações, fisioterapia e técnicas de controle da dor nevrálgica (nos nervos). Em alguns casos, a intervenção cirúrgica pode ser necessária.
“Além disso, mudanças no estilo de vida, como adotar uma dieta equilibrada e praticar atividades físicas regularmente, trazem impactos positivos, já que melhoram a saúde de maneira geral", afirma o Dr. Tulius.
Neurologia, um dos grandes pilares do CHN
Com médicos altamente capacitados, tecnologia diferenciada e equipe multidisciplinar dedicada ao acolhimento do paciente, as principais doenças neurológicas podem ser investigadas e ter seu tratamento iniciado no hospital, com garantia de segurança, agilidade e eficiência.
Além de dispor de um aparelho de ressonância magnética de 3 tesla, essencial para obter resultados assertivos para o diagnóstico de patologias neurológicas, o CHN também oferece um setor de hemodinâmica, com duas salas amplamente equipadas, para tratar pacientes na fase aguda de AVC com trombectomia e pacientes com aneurisma cerebral. Para agendar uma consulta ou obter mais informações, consulte nossos canais de atendimento.