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Insuficiência cardíaca: o que é, suas causas e tratamento

A doença pode ser evitada com hábitos saudáveis ao longo da vida
AL
Dra. Ana Luiza Sales - Cardiologista Atualizado em 09/03/2021

O que é insuficiência cardíaca?

Também chamada de insuficiência cardíaca congestiva, a insuficiência cardíaca é uma doença na qual o coração não consegue mais bombear sangue suficiente para todo o corpo e suprir suas necessidades básicas. Apesar de a doença, frequentemente, afetar apenas um lado do coração, todo o órgão acaba sendo comprometido com o avançar da patologia. Trata-se de uma doença crônica, de longo prazo, embora possa, raramente, se desenvolver de forma repentina. 

Principais causas e sintomas da doença

No Brasil, a causa mais comum da insuficiência cardíaca é a doença arterial coronariana (DAC), em que o estreitamento dos vasos coronarianos pela presença de placas gordurosas limita a oferta de oxigênio para o músculo cardíaco, que pode levar a isquemia e infarto. Segundo a Dra. Ana Luiza Sales, coordenadora do Programa de Transplante Cardíaco do CHN, outras condições podem gerar essa circunstância clínica: alterações nas válvulas cardíacas, inflamação do músculo cardíaco e toxicidade por quimioterápicos, entre outras causas.

Os sintomas da insuficiência cardíaca costumam se iniciar com cansaço durante esforços habituais, que progride com o tempo. Tosse; ganho de peso; inchaço do abdome, dos tornozelos e dos pés; perda de apetite; sensação de fraqueza e desmaios; náuseas e vômitos e redução do volume da urina também são sinais da condição. No início, tais indícios podem aparecer apenas quando o paciente está mais ativo, como durante a prática de exercícios físicos, porém, com o passar do tempo, cansaço e falta de ar podem ser percebidos mesmo com a pessoa em repouso. No entanto, os sintomas podem aparecer também de repente, logo após um infarto ou outra agressão ao coração. 

Quem está no grupo de risco?

Pacientes em idade adulta que tenham histórico de infarto, casos de doenças cardiovasculares na família, pressão alta, doença arterial, quadro de diabetes descompensado e que consumam bebidas alcoólicas em excesso costumam ter mais chances de desenvolver a insuficiência cardíaca. Segundo a Dra. Ana Luiza, quem tem um estilo de vida considerado ruim – com alimentação rica em açúcares, carboidratos e sódio; não pratica atividades físicas com frequência; está acima do peso ou é considerado obeso e fuma – também está no grupo de risco da doença. 

Como é o tratamento da enfermidade?

A abordagem terapêutica da insuficiência cardíaca deverá ser individualizada e dependerá dos fatores que levaram ao desenvolvimento da patologia, assim como os sintomas apresentados pelo paciente, o estágio em que a doença está e as complicações presentes. O tratamento medicamentoso disponível hoje tem possibilitado uma diminuição importante na manifestação dos sintomas, bem como aumento significativo da sobrevida e da qualidade de vida dos pacientes. 

Transplante cardíaco como tratamento para insuficiência cardíaca

Nos casos de insuficiência cardíaca avançada, o transplante cardíaco surge como a melhor opção terapêutica para o paciente. Porém, esse procedimento só é considerado quando as outras alternativas de tratamento – como medicamentos específicos e outras cirurgias – não deram certo. O transplante cardíaco é indicado para pacientes portadores de insuficiência cardíaca avançada, ou seja, para aqueles que, mesmo depois de tratamentos medicamentosos e adequações não farmacológicas otimizadas, mantêm quadros frequentes de descompensação clínica e múltiplas internações hospitalares. O transplante cardíaco pode ser indicado para pacientes com idade inferior a 70 anos, sem limitações de sobrevida por outras condições clínicas e que desejem transplantar. 

Como podemos prevenir a insuficiência cardíaca?

A prevenção dos fatores de risco cardiovasculares é fundamental para reduzir as chances de desenvolvimento da insuficiência cardíaca. Isso inclui a adoção de um estilo de vida mais saudável com:

  • alimentação rica em nutrientes como vitaminas e minerais e pobre em açúcares, itens processados e sódio;

  • ausência do tabagismo e do excesso de bebidas alcoólicas;

  • rotina de exercícios físicos ao longo da semana;

  • tratamento adequado dos quadros de diabetes e dislipidemia;

  • contato com um cardiologista de confiança;

  • não se medicar.

O Instituto Cardiovascular do CHN está preparado para receber o paciente cardiopata com toda a agilidade e segurança necessárias para oferecer diagnósticos e tratamentos efetivos e individualizados. Nossa Emergência Cardiovascular, com entrada exclusiva e corpo clínico de excelência, dispõe de protocolos especiais para o atendimento de quadros de baixa e alta complexidades e está integrada a diversos setores do hospital para oferecer a melhor experiência ao paciente, como Diagnóstico por Imagem e as Unidades de Tratamento Intensivo (UTI).

O instituto inaugurou recentemente seu novo programa de Cuidados Integrados em Insuficiência Cardíaca (CIIC). O serviço é centrado no paciente, em sua segurança e na geração de valor, e o acompanhamento é feito desde as consultas ambulatoriais até a pós-alta hospitalar no SER CHN – Soluções Médicas Integradas. Na linha de cuidados, pacientes e cuidadores recebem atendimento médico especializado e acolhimento da equipe multidisciplinar ao longo da internação.

O CIIC também fornece apoio e suporte ao médico assistente no modelo day clinic para compensação sintomática e a avaliação e realização de soluções complexas para pacientes com quadros graves de insuficiência cardíaca, como mitraclip, suporte circulatório mecânico, transplante cardíaco e outros tratamentos.

Escrito por
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Dra. Ana Luiza Sales

Cardiologista
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Dra. Ana Luiza Sales

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