Você sabia que a dor no peito nem sempre representa uma doença cardiovascular? Apesar de ser um dos sintomas mais expressivos de que a saúde do coração pode estar em risco, em alguns casos ela pode ser um indício da ansiedade – distúrbio psicológico que prejudica a saúde física e mental e tem sido cada vez mais comum no dia a dia de muitas pessoas, principalmente durante o isolamento social ou períodos mais turbulentos da vida.
Segundo a dra. Katia Luz, cardiologista do CHN, o desconforto no peito é sempre um sinal de alerta que merece ser investigado o quanto antes. Esse primeiro contato com o médico, inclusive, é importante para definir se o diagnóstico é de um quadro cardiovascular ou um episódio relacionado ao emocional do paciente.
“Existem sintomas específicos que o paciente apresentará na consulta que mostrarão ao médico se ele está vivendo um ataque de ansiedade ou um quadro cardiovascular, como o infarto. A partir dessa avaliação, o profissional poderá definir o tratamento mais adequado a ser seguido"
Principais sintomas de um ataque de ansiedade além da dor no peito
- taquicardia (aumento na frequência dos batimentos cardíacos)
- sudorese (suor) excessiva
- sensação de tremor pelo corpo
Principais sintomas de quadros cardiovasculares além da dor no peito
- fadiga ou sensação de cansaço
- náuseas ou falta de apetite
- suou frio ou sudorese excessiva
Muitas pessoas podem acabar confundindo o desconforto causado pela ansiedade com um quadro de infarto agudo do miocárdio – cujo principal sintoma envolve dor no lado esquerdo do peito que irradia para o pescoço, mandíbula, costas e braços, principalmente o esquerdo. Neste caso, existem algumas diferenças que valem ser percebidas para diferenciar os quadros.
“Nos casos de infarto, a dor no peito traz um aspecto de pontada ou aperto, acompanhada por uma sensação de queimação na região torácica que pode se estender até o estômago. Outros sintomas são vômito, suor frio e falta de ar"
Independente dos sintomas que acompanhem a dor no peito, é essencial que o paciente não deixe de buscar orientação médica o quanto antes em uma emergência. Segundo a dra. Katia, somente o médico pode avaliar o conjunto de sintomas apresentado e definir de que forma o paciente deverá cuidar da sua saúde – avaliando a necessidade de mudar hábitos diários ou não. Em casos de ataque de ansiedade, envolver o acompanhamento de um psicólogo ou terapeuta melhorará ainda mais a saúde física e mental do paciente.