Linha do tempo do bebê

Toda a grande jornada da gestação começa por volta da segunda semana após o início da menstruação. Este é o período em que a mulher está ovulando, o que permite a gravidez. Como é difícil estimar a data exata da fecundação, os médicos calculam o tempo de gestação de acordo com o último ciclo menstrual da mulher. Após a fecundação, o óvulo com o futuro bebê desce pela tuba uterina e chega até o útero, onde permanecerá até o final da gestação. Neste momento, sua presença é praticamente imperceptível ao organismo e a mãe não ter qualquer sinal de que está grávida, porém as primeiras mudanças já começarão a surgir nas próximas semanas.

Aqui temos as primeiras mudanças detectáveis da gravidez no corpo da mulher. Uma vez no útero, o futuro bebê, que ainda não tem forma e mede o equivalente à uma semente de uva, estimulará a produção do Hcg, o famoso hormônio da gravidez, que é detectável nos testes de gravidez. Ele, por sua vez, também aumenta a produção de estrogênio e testosterona, que ajudam o corpo a preparar o útero para o desenvolvimento da placenta.

O final do primeiro mês de gestação é um marco importante para o agora embrião, que atinge o tamanho de uma lentilha. Suas muitas células começam a formar os futuros órgãos e tecidos, incluindo o coração, que se desenvolverão aos poucos até criar o organismo do bebê. O cordão umbilical, que liga o bebê à mãe e leva oxigênio e nutrientes até ele, já está formado, assim como a placenta. Como os níveis de Hcg estão altos no organismo da mãe, está é a época em que a gravidez costuma ser descoberta – seja por testes de gravidez ou por exames de sangue. Após a confirmação, é indicado que a gestante busque pelas orientações de um obstetra e comece o pré-natal. Neste momento, o bebê tem o mesmo tamanho que uma lentilha.

No início do segundo mês de vida, o embrião, que mede o equivalente à uma amêndoa e está prestes a crescer mais, já tem um coração capaz de bater e bombear sangue – mesmo que de forma irregular no início, o que será normalizado à medida que o órgão se fortalece. Além do coração, outros órgãos, como o fígado, os rins e o intestino, já começam a se desenvolver, assim como o chamado “tubo neural” (responsável pela união entre o cérebro e a medula espinhal). Muito em breve as pequenas protuberâncias que surgiram no embrião darão lugar aos braços e pernas.

A grande conquista desta semana são os primeiros movimentos do embrião, que ainda serão imperceptíveis para a mãe e ficarão assim até que o bebê cresça mais. Além disso, o embrião, cujo tamanho se assemelha ao de uma ervilha, começa a ganhar os primeiros traços no rosto, que delimitam os lugares em que ficarão os olhos, nariz e boca. Neste momento o bebê ainda recebe todos os nutrientes através da bolsa gestacional, já que o cordão umbilical ainda não está totalmente formado. Mesmo que a futura mamãe ainda não perceba, existem diversas mudanças ocorrendo em seu organismo, como no metabolismo, no funcionamento do fígado e dos intestinos e na pressão sanguínea. Pode ser que ela vivencie episódios de queimação no estômago e congestação nasal, que são comuns neste momento.

As mãos e pés, que antes não tinha forma definida, começam a separar as áreas que, em breve, formarão os dedos – mesmo que, neste momento, ainda pareçam pequenos montinhos. A cabeça ainda tem um tamanho maior do que o corpo, mas aos poucos o embrião ganha uma forma mais reconhecível de um bebê – com dentes, orelhas e palato em pleno desenvolvimento. Seus órgãos estão cada vez mais maduros e, enquanto a medula óssea não está formada, o fígado fica responsável por produzir os glóbulos vermelhos. Esta semana marca o meio do primeiro trimestre, momento em que, devido ao excesso de hormônios e mudanças no corpo, a mãe começa a sentir muitos enjoos e vontade de urinar. Porém, não se preocupe... tudo vai melhorar nos próximos meses

Medindo cerca do tamanho de uma framboesa, o embrião chega ao final do segundo mês com muitas expectativas e novidades. A partir desse momento, todos os seus órgãos, músculos e nervos começam a funcionar e a pálpebras cobrem os olhos pela primeira vez. O cérebro ainda está diretamente ligado à medula espinhal, mas começará a definir sua estrutura aos poucos. O embrião, agora chamado de feto, também é capaz de fazer movimentos mais complexos, como movimentar os pulsos. O útero vai crescer mais para acomodar o feto, o que, aos poucos, moldará o corpo da mãe com o formato característico de “barriga de grávida”. A partir deste momento é oficial: para acomodar o futuro bebê da melhor forma, o útero da gestante começará a crescer. Os enjôos serão o principal desconforto desta fase e devem continuar pelas próximas semanas até o primeiro trimestre terminar. A sensação de queimação no estômago, náuseas e gases também podem acompanhar os enjôos

Nesta semana, o feto crescerá bastante e atingirá o tamanho de uma azeitona. Seu sistema auditivo está quase completo e os dedos das mãos e dos pés, que antes não estavam completamente formados, já são perceptíveis. Apesar dos órgãos que formam o sistema digestivo já estarem formados, o feto ainda não realiza nenhum processo digestivo. E mesmo que os órgãos genitais já tenham começado a se desenvolver, eles ainda não aparecem com nitidez nos exames de ultrassom – e a mamãe vai precisar segurar a ansiedade até o próximo mês. Sentir-se enjoada ainda é algo frequente no dia a dia, além dos famosos desejos – como se o seu corpo lhe fizesse pedidos por comidas específicas. Porém, não descuide da alimentação regrada para garantir todos os nutrientes, minerais e vitaminas certas para o pleno crescimento do bebê e o desenvolvimento da gestação.

Chegando na marca dos cinco gramas, o peso do bebê, cujo tamanho equivale ao de uma ameixa-preta, poderá ser calculado com mais facilidade a partir daqui. O feto está em plena movimentação no útero, apesar da mão não conseguir senti-lo ainda. Os órgãos já estão todos formados, mesmo que ainda não funcionem com total autonomia. Nesta fase, o cordão umbilical já consegue transportar sangue e entre o bebê e a placenta. As unhas e a penugem, que logo dará lugar ao cabelo, começam a crescer. Outras pessoas podem não notar diferença alguma ao olhar para a gestante, mas ela certamente notará que sua barriga teve um leve crescimento – tanto pelo ganho de peso quanto pelo crescimento do útero e do bebê dentro dele.

A cada semana que passa o feto cresce mais e mais. Todos os seus órgãos, tecidos e nervos já estão formados e exercendo suas funções e, nos próximos meses, o organismo do futuro bebê irá se fortalecer para a vida fora do útero. Como o pescoço do bebê já está nítido e desenvolvido, o feto já consegue fazer movimentos com a cabeça. As meninas já começam a desenvolver os ovários e os meninos, os testículos – que, por sua vez, vão produzir testosterona.

O progresso no crescimento do bebê pode parecer pequeno ao ser medido em gramas ou centímetros, mas existem muitas transformações incríveis acontecendo dentro do útero. Agora, no início do terceiro mês de gestação, o feto atinge o tamanho próximo ao de uma ameixa. Com os olhos, nariz e orelhas se aproximando dos locais corretos no rosto, ele começa a parecer mais com o futuro bebê. Outro grande avanço no desenvolvimento do feto é que ele começa a reagir aos estímulos externos. Por exemplo, se os pais tocam a barriga, o feto percebe o movimento e reage a ele, mesmo que ele ainda não seja sentido. Caso algumas pequenas manchas comecem a aparecer na pele a partir deste momento da gravidez, não se preocupe! É a chamada melasma da gravidez e surge devido ao aumento do hormônio estrogênio, assim como a linha alba – uma linha de tom mais escuro que surge no meio do abdômen. Com o passar do tempo ambas tendem a desaparecer.

O corpo do futuro bebê está cada vez mais pesadinho, com o tamanho parecido com o de um pêssego. Como ainda não tem gordura, os ossos ficam bem aparentes sob a pele, mas isso é normal. A estrutura corporal já está formada o suficiente para que o obstetra solicite exames específicos que mostrarão alterações genéticas que ele possa ter, como a Síndrome de Down. É normal que, em alguns momentos, a futura mãe sinta incômodos semelhantes à fisgadas na região da pélvis, próximo à virilha. Isso acontece porque o útero está em pleno crescimento para acomodar o bebê e não chega a causar dor intensa, porém, se os episódios de fisgadas vierem acompanhados por sangramento ou dor aguda, é imporante buscar a avaliação do médico.

A partir deste mês o feto ganhará peso com frequência e, na nona semana, ele estará quase pesando 50g – com o tamanho bem próximo ao de um limão. É aqui também que um fato curioso ocorre: a pele do feto é coberta pelo lanugo, uma espécie de pelo muito fino que o acompanhará durante quase todo o período de desenvolvimento intrauterino e cairá pouco antes do nascimento. A penugem que estava na cabeça agora dá lugar a fios mais grossos e parecidos com o cabelo que o bebê terá quando nascer. Mesmo que o corpo da gestante comece a ficar um pouco mais cansado, é bom não ficar muito tempo parada na mesma posição. Isso ajuda a prevenir as varizes, uma dilatação dos vasos sanguíneos muito comum de acontecer durante a gravidez.

O feto já é capaz de soluçar – e fará esse movimento com frequência. Os braços e pernas já estão crescendo e adquirindo sua forma habitual e as articulações já fazem muitos movimentos. Que tal tentar descobrir o sexo do bebê? Como os órgãos genitais em muitos bebês já estão formados nesta semana, é possível que o exame de ultrassom consiga identificar se o bebê tão esperado é menina ou menino.

O bebê está crescendo saudável e, na 16ª semana, ele alcança o tamanho de um abacate. Sua capacidade de mexer os braços e pernas também está mais apurado e ele já consegue abrir e fechar as mãos. Outro avanço é o surgimento das sobrancelhas e das unhas nas mãos e pés. No cérebro do bebê, as células nervosas começam a se formar, mesmo que a atividade neural ainda seja muito primária. Já a mãe sente a barriga mais evidente, assim como o volume aumentado dos seios. Às vezes é possível sentir pequenos movimentos do bebê, mas eles serão mais comuns nas próximas semanas.

O útero é um espaço amplo para o bebê se movimentar e ele aproveita para explorar – tanto que, neste momento, com o tamanho próximo ao de uma cebola, ele pode começar a mudar de posição com frequência. Ele também já consegue fazer o movimento de engolir e acaba engolindo líquido amniótico – que é expelido através do xixi. Na 17ª semana, os batimentos cardíacos do bebê já podem ser ouvidos pelo médico com facilidade. Os seios da futura mãe estão se preparando para amamentar daqui a alguns meses, então, além do aumento de volume devido à reserva energética que está se formando ali, também há o aumento da irrigação sanguínea na área. Tudo isso deixará os seios prontos para a amamentação.

Esta semana é um grande marco na gravidez, já que é quando a maioria das gestantes consegue sentir os movimentos do bebê pela primeira vez. Aqui também é o primeiro momento em que o bebê se torna maior do que sua placenta, e essa diferença de tamanho será cada vez maior até o parto. Nos exames para descobrir o sexo do bebê, o médico terá mais facilidade de identificar a menina ou o menino, já que os órgãos reprodutores estão em pleno amadurecimento – assim como seu coração e sistema respiratório. As mudanças no corpo da gestante estão cada vez mais nítidas, assim como o ganho de peso (que deve estar em cerca de quatro quilos) e as dores na região das costas.

Com tamanho semelhante à uma manga, o bebê já ganha suas impressões digitais e têm os órgãos quase todos formados. A atividade cerebral é constante e cada vez mais complexa, assim como o avanço no desenvolvimento da medula espinhal. Além disso, a pele do bebê está mais próxima do aspecto que ela terá ao nascer. A futura mamãe pode se sentir cada vez mais desconfortável ao andar, principalmente porque as pernas começam a inchar – e, em alguns casos, formar varizes. O volume sanguíneo aumenta, podendo provocar palpitações no coração e aumento no volume do corrimento vaginal.

O meio do segundo trimestre da gravidez marca o momento em que o desenvolvimento do bebê será mais acelerado, assim como seu crescimento e ganho de peso – que pode aumentar em mais de 10 vezes. A conexão emocional com a mãe também é mais presente, já que o bebê consegue distinguir seu timbre de voz e sensações de toque na barriga, além de perceber quando a mãe está em um ambiente com luz. Com o bebê cada vez mais pesado, a gestante pode ter cada vez mais dificuldades em ficar muito tempo de pé e precisará fazer pequenas pausas durante o dia para descansar. Atenção para a hipotensão (pressão baixa), algo típico da gravidez que deve ser acompanhado pelo médico.

Medindo algo semelhante ao tamanho de uma romã, o bebê já dobrou de tamanho em relação à 17ª semana. Aos poucos os movimentos e reações do bebê ficam mais controladas, já que as vias nervosas estão em fase de desenvolvimento – assim como as áreas do cérebro que percebem temperatura, luz e pressão. As meninas já têm os ovários formados, que seguem para a pélvis.

Nesta semana, o rostinho do bebê torna-se cada vez mais detalhado, com as pálpebras e sobrancelhas bem definidas. Em pleno crescimento, ele tem o tamanho semelhante ao e um mamão. O bebê, que antes não tinha nenhuma gordura abaixo da camada da pele, já começa a formar seu estoque. Outro avanço significativo está nas emoções do bebê, que já é capaz de distinguir entre estados emocionais distintos e experimentar a felicidade e até mesmo a tristeza

Todos os sistemas do organismo do bebê (digestivo, respiratório e circulatório) já estão prontos para o pleno funcionamento do bebê quando ele chega à 23ª semana. Beirando os 30 centímetros de comprimento, ele também já faz movimentos expressivos em busca de uma resposta da mãe aos seus estímulos. Como o ouvido está cada vez mais apurado, em breve o bebê conseguirá responder a outros tipos de sons. Nesta fase da gravidez, a mãe pode sentir uma pressão nas laterais do corpo à medida que seu corpo aumenta. Os gases e a acidez estomacal são mais frequentes, já que o útero está crescendo e abrindo caminho no organismo para abrigar um bebê cada vez maior.

Medindo o equivalente ao tamanho de um melão pequeno, o bebê chega ao final do sexto mês de gravidez com intensa movimentação no útero. O corpo do bebê como um todo já se assemelha bastante ao formato que terá ao nascer, perdendo aos poucos as formas arredondadas do início da gestação. Apesar dos pulmões ainda não estarem completamente formados, suas ramificações estão cada vez mais completas. Uma informação importante sobre este momento da gravidez é que, a partir de agora, é possível que o bebê nasça – mesmo que de forma prematura. Caso isso aconteça, ele ficará sob cuidados especiais na maternidade até que seu desenvolvimento esteja completo e ele possa ir para a casa com a mãe.

Nesta altura da gestação, o desenvolvimento do bebê já está nos detalhes. Seus olhos já começam a querer abrir e a língua se movimenta dentro da boca. O bebê já tem os rins funcionando perfeitamente e o líquido amniótico ingerido e expelido por seu corpo vai, aos poucos, ficando mais parecido com urina. Sua pele, antes muito translúcida, está ganhando um aspecto mais denso. Na 25ª semana, a gestante está com a barriga bem nítida e pode precisar usar roupas feitas para grávidas. Os movimentos do bebê são constantes e muitas vezes respondem aos estímulos externos, como quando a mãe conversa com a barriga

Medindo o tamanho de uma alface, o bebê está com praticamente todas as feições formadas – que podem, inclusive, serem vistas no ultrassom. Apesar de se manter bem ativo no útero e movimentar-se com frequência, pode ser que o bebê também adote a posição fetal durante alguns períodos, em que o corpo fica encolhido no útero. Mas não é apenas o bebê que está crescendo bastante. Para abriga-lo com conforto, o útero da mãe cresce cerca de um centímetro por semana, deixando a barriga cada vez mais proeminente.

A 27ª semana de gestação marca o início do terceiro e último trimestre da gravidez, momento em que o útero prepara os últimos detalhes para o nascimento do bebê – que já pesa cerca de um quilo! A movimentação do bebê é cada vez mais presente e até mesmo os soluços que ele tem podem ser percebidos pela mãe. É indicado que, ao longo da gravidez, a gestante engorde entre quatro e dez quilos. Caso ela tenha engordado pouco ou mais do que o limite, é preciso conversar com o médico que a acompanha.

Com o aumento do tecido adiposo, que estoca gordura que será usada como energia após o nascimento, o corpinho do bebê fica mais arredondado a cada dia – com a pele suave e pouco translúcida. Caso seja favorável pela genética, o cabelo do bebê também começa a crescer a partir deste momento. O lanugo, camada de pelugem que cobre o corpo, cairá em breve. Pode ser que a mãe sofra uma grande oscilação de humor há algumas semanas, mas que ficarão cada vez mais nítidas à medida que o parto se aproxima. Neste momento, é preciso que a futura mamãe se mantenha o mais calma possível para não acabar passando muito nervosismo para o bebê.

O cérebro do bebê, antes completamente liso, começa a ganhar as ondulações características – que permanecerão durante toda a vida. Sua atividade neural também é intensa. Além do bebê estar mais sensível à luz e vozes fora da barriga, principalmente da mãe, ele também já consegue distinguir alguns sabores. Esta semana é muito importante para a vida do bebê fora do útero, já que marca o amadurecimento completo dos pulmões. Deste jeito, o bebê não dependerá mais da conexão com o corpo da mãe para receber oxigênio e está apto a sobreviver fora do útero.

O bebê mede o equivalente a um pepino e já tem as partes do corpo mais proporcionais. A pele, antes muito enrugada, já está mais lisa. Pode ser que o bebê já entre na posição adequada para o parto, mas isso não é certo e pode ocorrer em uma data mais próxima ao nascimento. Nos próximos dias o lanugo, pelo fino que cobre todo o corpo do bebê, tende a cair completamente até o nascimento, mas não é incomum que alguns bebês nasçam com resquícios dele. Caso o bebê seja um menino, seus testículos vão descer.

A partir de agora o bebê não crescerá muito, mas seu peso continuará a aumentar gradativamente até o parto. Como ele estará um pouco apertado dentro do útero, alguns de seus movimentos poderão ser visíveis na superfície na barriga da mãe. Daqui para frente, é comum que a futura mãe comece a sentir as chamadas “contrações preparatórias” em que há o enrijecimento da barriga, mas ainda não há dor. Elas duram apenas alguns segundos, mas já indicam que o nascimento do bebê se aproxima.

Pesando quase dois quilos, o bebê já está pronto para nascer e muitos deles colocam-se de cabeça para baixo – considerada a posição mais favorável para o parto. Todos os seus órgãos e sistemas estão em pleno funcionamento e “treinando” para a vida fora do útero. Como a gravidez já está avançada e o bebê está desenvolvido o suficiente para nascer a qualquer momento, a mãe deve se preparar para o parto. Para isso, ela deve tirar todas as dúvidas que tiver com o médico que acompanha seu pré-natal.

Apesar dos movimentos do bebê não serem muito amplos, devido ao tamanho limitado do útero, todos eles são sentidos com muita intensidade pela mãe. Seus ossos estão cada vez mais fortes e as unhas das mãos já alcançam a ponta dos dedos. Neste momento da gravidez, o tamanho do bebê se assemelha ao de uma couve. Quanto à mãe, seu peso deve continuar aumentando em um ritmo gradual até a semana do parto, mas, caso ela esteja muito acima do peso que tinha antes de engravidar, deve entrar em contato com seu médico para avaliar mudanças no cardápio. Neste momento, a dor ciática, na região da coluna, pode dificultar a locomoção e o sono da mãe.

As enzimas digestivas do bebê já estão ativas, o que permite aos intestinos processarem alimentos depois de nascer. Caso a gravidez seja de gêmeos ou mais bebês, eles podem estar bem perto de nascer – já que este tipo de parto acontece por volta da 37ª semana. Neste momento, a gestante deve notar a pele da barriga mais esticada e os seios doloridos – isso porque eles já se preparam para o início da amamentação. O próprio bebê ajuda nesse processo, já que, através da placenta, ele manda hormônios que ativam a produção de leite e são absorvidos pela mãe.

Esta semana marca o amadurecimento completo dos pulmões do bebê, que agora pode respirar sozinho fora do útero. Seus sentidos estão cada vez mais aguçados, tanto que suas pupilas conseguem focar em pontos específicos e os olhos já piscam. Na reta final da gravidez, o cérebro do bebê está a todo vapor e esse progresso faz com que ele durma mais. O foco a partir desta semana é se preparar para o momento do parto, já que o bebê pode nascer a qualquer momento. Como a barriga está grande e pesada, pode ser que a gestante sinta dificuldades para andar e fazer coisas simples do dia a dia, como sentar-se.

Se antes os movimentos do bebê eram dinâmicos e recorrentes, agora, às vésperas do parto, o pouco espaço dentro do útero delimita bastante a forma como ele se move. Apesar de ainda não ser o momento ideal para o parto, já que o bebê ainda seria considerado prematura, caso ele nasça agora ele muito provavelmente não terá problemas para sobreviver fora do útero, já que seus órgãos e sistemas já estão todos formados. Nessas últimas semanas a gestante pode sentir contrações e sinais de que o parto está prestes a acontecer, mas são os famosos “alarmes falsos”. Também já está na hora de deixar a mala da maternidade pronta. Em todo caso, quando sentir contrações frequentes, ela deve seguir para uma emergência para ser avaliada.

O bebê já está na posição correta para nascer e pressiona a região pélvica, o que pode causar certo desconforto na mãe. Apesar de não ser mais considerado prematuro, o bebê continua ganhando peso até o nascimento, mesmo que não seja da forma como engordava quando estava crescendo no útero. Na 37ª semana o lanugo que cobria o corpo do bebê já se soltou completamente na maioria dos casos, mas não é incomum que hajam nascimentos com bebês ainda cobertos por lanugo. A ansiedade pela chegada da hora do parto mistura-se com a insegurança, que pode bater quando as dores contrações esporádicas chegarem. Isso é uma sensação completamente normal em todas as grávidas e conversar com seu médico pode ajudar a aliviar as tensões.

O desenvolvimento do bebê está completo e ele espera ansioso pela hora de nascer. Isso pode acontecer a qualquer momento a partir da 37ª semana, então é importante que a futura mamãe esteja preparada. Pode ser que algumas gestantes ainda ganhem peso durante os últimos dias antes da gestação, mas a maioria delas sente-se saciada com pouco volume de comida. A maior dificuldade agora será para dormir, já que a maioria das posições causam desconforto por causa da posição do bebê.

Da semana anterior para agora não aconteceram mudanças substanciais no bebê, já que ele está pronto e apenas a espera do melhor momento para nascer. Já a gestante pode se sentir muito cansada, isso porque sua barriga já cresceu o máximo que conseguia para abrigar o bebê. Nesta fase algumas mudanças hormonais ainda podem causar estranheza, como a foliculite pruriginosa, que causa calafrios pelo corpo. Apesar de ser algo normal da gravidez, a gestante pode consultar-se com seu médico caso se sinta muito desconfortável.

Este é o momento em que a maioria das gestações chega ao momento do parto, em que mãe e bebê finalmente se encontram. Caso a gravidez ultrapasse as 40 semanas, o médico que acompanha a gestante no pré-natal deve avaliar o caso e considerar uma possível indução do parto. Está chegando a hora de tornar-se mãe. Deixe tudo pronto: suas roupas, as do bebê e todos os acessórios necessários para dar entrada na emergência. Um dos momentos mais lindos da sua vida está prestes a acontecer e, para aproveitá-lo ao máximo, tente ficar tranquila e pensar que a ansiedade está chegando ao fim.