Com o objetivo de promover conscientização e informação sobre a doença, é celebrado, no dia 13 de setembro, o Dia Mundial da Sepse. Essa condição é considerada potencialmente grave e mata mais de 240 mil pessoas de todas as idades no Brasil. Mas, anal, o que é esse problema e por que ele acontece?
Entendendo a sepse
Moyzes Damasceno, coordenador do CTI Geral do CHN, explica que, nos dias atuais, a sepse é denida como a disfunção de algum órgão do corpo humano que ameace a vida, por causa de uma resposta desregulada desse corpo a uma infecção. “Ela pode levar à parada do funcionamento de um ou mais órgãos ou mesmo levar à morte quando não descoberta e tratada rapidamente. A doença não apresenta sintomas especícos, mas o corpo emite alguns sinais de alerta, como febre, aceleração dos batimentos cardíacos e da frequência respiratória.”
As causas por trás da enfermidade
O especialista também explica que, na prática, as infecções, na maior parte das vezes as causadas por bactérias, promovem uma reação desequilibrada das células de defesa do corpo. Nesse desequilíbrio acontece um grande processo inamatório. Conforme sua intensidade e localização, pode agredir os órgãos, fazendo com que funcionem mal ou mesmo deixem de funcionar.
O não controle da sepse torna o paciente mais vulnerável a sua fase de maior gravidade, conhecida como choque séptico. Nesse quadro, o paciente em geral tem pressão baixa, sonolência e outras alterações, todas relacionadas com a má oxigenação das células do corpo.
Os quadros de infecção, especialmente a pneumonia – a principal causa de sepse no mundo –, precisam ser logo avaliados e identicados pelos médicos para que sejam tratados antes mesmo de a sepse ocorrer. Vale ressaltar que a infecção urinária também é importante causa de sepse, e uma atenção especial precisa ser dada ao idoso, que, muitas vezes, apresenta infecção de forma silenciosa, provocando sonolência excessiva.
População de risco
Qualquer pessoa pode estar sujeita a uma inamação no organismo. No entanto, os grupos mais propensos a esse problema são os bebês prematuros, as crianças com idade inferior a 1 ano e os idosos com mais de 65 anos.
Além disso, pessoas hospitalizadas que têm predisposição genética e os portadores de determinadas doenças crônicas, como insuciência cardíaca e renal e diabetes, estão entre os grupos mais afetados. Ferimentos por armas de fogo, acidentes automobilísticos ou queimaduras extensas também são considerados fatores de risco.
Tratamento
O diagnóstico ecaz e precoce é fundamental, e o início imediato do tratamento – que normalmente é realizado em unidades de terapia intensiva – é mandatório.
O recurso terapêutico que vai ser adotado depende da identicação do agente infeccioso. Apesar disso, o uso de antibióticos antes da detecção do microorganismo responsável pela inamação é frequente. Medicamentos vasopressores, que contraem os vasos sanguíneos e estabilizam a pressão arterial, podem ser utilizados em alguns casos. Outras medidas, como hemodiálise e ventilação mecânica, podem ser necessárias, dependendo do quadro do paciente
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