
Esse tipo de câncer afeta a glândula que fica situada abaixo da bexiga
O tratamento do câncer de próstata varia de acordo com o estágio da doença, a agressividade do tumor, a idade e a saúde geral do indivíduo. No Brasil, estima-se que aproximadamente 72 mil novos casos de câncer de próstata sejam diagnosticados a cada ano. Continue a leitura para saber detalhes sobre os tipos de tratamentos disponíveis, quais são os efeitos colaterais e a importância do acompanhamento médico.
Câncer de próstata: o que é?
O câncer de próstata é um dos tipos mais frequentes entre os homens, afetando a glândula que fica situada abaixo da bexiga.
Ele ocorre quando as células da glândula prostática começam a crescer de forma descontrolada. Esse crescimento anormal pode ser causado por mutações genéticas que afetam o comportamento das células, levando-as a se dividir sem parar e a formar um tumor. Essas mutações podem ser influenciadas por uma combinação de fatores, incluindo predisposição genética, alterações hormonais, dieta e exposição a substâncias tóxicas.
Em geral, esse câncer se desenvolve lentamente, e muitos homens não apresentam sintomas nos estágios iniciais. No entanto, nas formas mais agressivas, a doença pode se espalhar para outras partes do corpo, como os ossos e os linfonodos, o que torna o tratamento mais desafiador.
Tratamento do câncer de próstata: quais são as abordagens possíveis?
Após o diagnóstico de câncer de próstata, é fundamental que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível. As opções terapêuticas variam conforme o estágio da doença.
Para tumores de baixo risco, uma alternativa é a vigilância ativa, que envolve o monitoramento constante da evolução do câncer, com intervenções realizadas apenas se houver sinais de progressão.
Confira abaixo os principais tratamentos para o câncer de próstata:
Cirurgia
A prostatectomia radical é uma cirurgia que envolve a remoção total da próstata, das vesículas seminais e, em alguns casos, dos linfonodos regionais.
Nos últimos anos, a prostatectomia radical tem sido realizada, na maioria das vezes, com a utilização de cirurgia robótica, o que aumenta a precisão e provoca menos complicações no pós-operatório.
Radioterapia
A radioterapia pode ser realizada de duas formas: externa ou interna (braquiterapia). Na radioterapia externa, o tumor é tratado com radiações direcionadas à próstata, utilizando exames de imagem e cálculos precisos.
Já a braquiterapia consiste na colocação de "sementes radioativas" diretamente dentro da próstata ou na região do reto, sob anestesia.
Hormonioterapia
A hormonioterapia não tem como objetivo curar o câncer, mas sim controlá-lo, principalmente quando a doença se espalha para outros órgãos.
O tratamento visa reduzir os níveis de testosterona, hormônio que favorece o crescimento do câncer de próstata. Esse bloqueio hormonal é feito principalmente por meio de medicamentos injetáveis.
Quimioterapia
A quimioterapia é geralmente indicada para pacientes que não responderam ao tratamento hormonal. Ela envolve a administração de medicamentos quimioterápicos por via intravenosa, com o objetivo de reduzir a massa tumoral e controlar a progressão da doença.
Em alguns casos, o uso de analgésicos pode estar indicado.
Como é feito o diagnóstico do câncer de próstata?
O diagnóstico do câncer de próstata envolve uma combinação de exames clínicos, laboratoriais e de imagem, que ajudam a identificar a presença da doença e seu estágio.
O primeiro passo inclui o exame de toque retal, no qual o médico insere um dedo lubrificado no reto do paciente para avaliar a próstata e verificar possíveis alterações, como nódulos ou áreas endurecidas.
Outro teste importante é a dosagem do PSA (Antígeno Prostático Específico), um exame de sangue que mede os níveis dessa proteína produzida pela próstata. Níveis elevados de PSA podem sugerir a presença de câncer, mas também podem ser causados por outras condições, como infecção ou aumento benigno da próstata.
Quando os exames iniciais indicam a possibilidade de câncer, o médico pode recomendar uma biópsia da próstata. Esse procedimento consiste na coleta de pequenas amostras de tecido prostático, utilizando uma agulha fina, para análise laboratorial.
Além disso, exames de imagem podem ser utilizados para avaliar a extensão do câncer. A ultrassonografia transretal, por exemplo, é utilizada para guiar a biópsia e examinar a próstata. Já a ressonância magnética oferece imagens detalhadas da próstata e pode ajudar a identificar áreas suspeitas de câncer.
Em casos mais avançados, a tomografia computadorizada e a cintilografia óssea são úteis para verificar se o câncer se espalhou para outros órgãos, como ossos e linfonodos.
Quanto tempo pode durar o tratamento do câncer de próstata?
A duração do tratamento do câncer de próstata varia conforme o estágio da doença e o tipo de tratamento escolhido. Para casos localizados, como em estágios iniciais, o tratamento pode envolver cirurgia (prostatectomia radical) ou radioterapia.
A cirurgia geralmente exige um período de recuperação de 4 a 6 semanas, enquanto a radioterapia pode durar até dois meses, com sessões diárias. Esse tempo pode variar conforme o estadiamento da doença.
Já em casos de câncer metastático, o tratamento pode incluir hormonioterapia ou quimioterapia, com ciclos de tratamento que podem se estender por meses ou até anos.
Em alguns casos, quando o câncer é de baixo risco, pode ser adotada a vigilância ativa, onde o paciente é monitorado regularmente sem a necessidade de tratamento imediato. Esse acompanhamento pode durar vários anos, com intervenções somente se houver progressão da doença.
Como funciona o tratamento do câncer de próstata?
O tratamento do câncer de próstata varia conforme o estágio e as características do tumor. Para casos localizados, as opções incluem cirurgia (prostatectomia radical), radioterapia externa ou braquiterapia. Para cânceres mais avançados, pode-se usar hormonioterapia, que bloqueia a testosterona, ou quimioterapia para controlar a doença.
Em casos de baixo risco, a vigilância ativa é uma opção, onde o paciente é monitorado sem tratamento imediato. O tratamento é personalizado, podendo envolver uma combinação de terapias para melhor controle da doença.
Efeitos colaterais comuns do tratamento do câncer de próstata
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Os tratamentos para o câncer de próstata podem causar efeitos colaterais, que variam conforme o tipo de abordagem. Veja detalhes abaixo:
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A cirurgia (prostatectomia radical) pode causar disfunção erétil e incontinência urinária.
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A radioterapia pode provocar fadiga, irritação intestinal e dificuldades urinárias.
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A hormonioterapia pode causar diminuição da libido, perda de massa muscular, ganho de peso e fragilidade óssea.
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A quimioterapia pode causar náuseas, queda de cabelo e falta de energia.
A importância do acompanhamento médico após o tratamento
O acompanhamento médico após o tratamento do câncer de próstata é fundamental para monitorar a saúde do indivíduo e identificar possíveis recidivas.
Exames regulares, como a dosagem do PSA (Antígeno Prostático Específico), são essenciais para verificar se o câncer retornou. Além disso, o acompanhamento contínuo permite gerenciar problemas como disfunção erétil, incontinência urinária e complicações ósseas, promovendo a qualidade de vida do paciente.
O câncer de próstata tem cura?
Sim, o câncer de próstata pode ser curado, principalmente quando diagnosticado precocemente. Nesses casos, tratamentos como a prostatectomia (remoção da próstata) e a radioterapia têm maiores chances de eliminar o câncer e garantir qualidade de vida.
No entanto, quando a doença está em estágios mais avançados e já se espalhou para outras partes do corpo, a cura completa se torna mais difícil. Apesar disso, os tratamentos ainda podem controlar a progressão do câncer e aliviar os sintomas.