Com uma rotina cada vez mais intensa, com o acúmulo de funções, incluindo o trabalho e o cuidado com a família, os fatores que danificam a saúde da mulher estão cada vez mais presentes no dia a dia. No Dia Internacional da Mulher – comemorado em 8 de março –, o CHN chama a atenção para as principais condições que podem culminar em doenças que atingem a população feminina.
Segundo a dra. Daniela Selano, coordenadora da Obstetrícia do CHN, um estilo de vida pouco saudável contribui para que condições como pressão alta e sedentarismo se instalem, o que ameaça a saúde da mulher. Quando uma paciente é hipertensa e não pratica atividades físicas, ela pode prejudicar a saúde do coração, o que a deixa mais suscetível a doenças cardiovasculares e a episódios de acidente vascular cerebral (AVC) e infarto.
“O sedentarismo em si também é uma porta de entrada para outra condição muito perigosa, a obesidade. O excesso de energia acumulada no corpo em forma de gordura pode influenciar o quadro de diabetes tipo 2, aumentar o acúmulo de gordura no fígado – também chamada de esteatose hepática –, piorar a apneia do sono e até mesmo comprometer um pré-natal seguro”, explica a médica.
Indo além, outros dois hábitos muito prejudiciais à saúde da mulher são o tabagismo e o alcoolismo. O primeiro danifica não só os pulmões – aumentando as chances de desenvolver câncer de pulmão – como todo o organismo, influenciando quadros de AVC, bronquite e outros tipos de câncer, como de útero e de boca. “Já o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, além de causar os efeitos conhecidos da ressaca e prejudicar as relações no trabalho, com os amigos e a família, danifica o funcionamento do fígado e pode causar doenças como gastrite, úlcera e tumores malignos no fígado, no intestino e em outros órgãos”, afirma a dra. Daniela.
Segundo a médica, a realização de check-ups anuais para avaliar a saúde e a adoção de um estilo de vida saudável – com a prática de exercícios, a diminuição do consumo de alimentos ricos em carboidratos, sal e açúcares e de itens processados e ultraprocessados e o fim do tabagismo e do excesso de bebidas alcoólicas – funcionam como medidas preventivas fundamentais para eliminar todos esses fatores de risco, trazendo mais qualidade de vida para as mulheres ao longo da vida.