O tabagismo é um hábito adquirido que prejudica a saúde do usuário de muitas formas, sedo a causa mais importante de morbidade evitável e mortalidade precoce. Em 2015, houve cerca de 6,4 milhões de mortes no mundo relacionadas ao tabagismo, um número alarmante! Para comparação, em 2020 o número de mortes atribuídas à Covid-19 foi de 1.8 milhões, menos de 1/3 da mortalidade do cigarro. Além de causar o amarelamento dos dentes e o envelhecimento precoce da pele, ele também é um fator de risco que contribui para o desenvolvimento de diversas doenças.
Segundo o dr. Felipe Ribeiro, Gerente Médico do CHN, é sabido que o ato de fumar tem relação com cerca de 50 patologias, principalmente as que prejudicam o funcionamento dos pulmões e demais estruturas do aparelho respiratório, como infecções, asma, bronquite crônica e até mesmo enfisema pulmonar.
“Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é estimado que cerca de 157 mil pessoas venham a falecer de forma precoce devido às doenças causadas pelo tabagismo, isso apenas no Brasil. O dia a dia do fumante também tende a ser mais desafiador, já que a qualidade respiratória, muitas vezes, fica prejudicada, o que traz dificuldade para respirar, cansaço e menor resistência física"
Além disso, o tabagismo também é relacionado ao surgimento de diversos tipos de câncer não só no pulmão, mas também na laringe, faringe, esôfago, pâncreas, estômago, fígado, bexiga e colo de útero. Há estudos que também apontam o cigarro como fator de risco para a leucemia.
Outro órgão que sofre com o fumo é o coração – e, consequentemente, o sistema circulatório. Segundo o dr. Felipe, o fumante está mais suscetível a desenvolver hipertensão arterial, aneurisma, trombose, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio. Estudos indicam que casos de úlcera do aparelho digestivo, catarata, osteoporose, menopausa precoce, infertilidade e complicações na gravidez também podem estar ligados ao tabagismo.
Apesar de toda essa influência negativa no funcionamento do organismo, é possível reverter essa situação e o primeiro passo é largar o cigarro. Parar de fumar pode elevar a qualidade de vida do paciente nas atividades do seu dia a dia e reduzir, de forma considerável, os riscos de desenvolvimento das doenças ligadas ao vício.
Dicas para largar o tabagismo
- Converse com seu médico de confiança para conhecer as terapias disponíveis
- Aos poucos, limite a quantidade e o acesso ao cigarro no seu dia a dia
- Tente outras atividades que lhe tragam satisfação pessoal e pratique atividade física
- Busque a orientação de um psicólogo ou terapeuta para ajudá-lo em sua saúde mental
O processo de parar de fumar pode parecer desafiador devido ao caráter viciante da nicotina, mas, com a ajuda de uma equipe médica especializada e o apoio da família e amigos, é possível passar por este momento e viver uma vida com mais saúde e bem-estar. Lembre-se: não é tarde demais!