O Dia Mundial de Combate à Sepse, comemorado hoje, tem diversas ações desenvolvidas durante o mês de setembro que visam conscientizar a população sobre como essa doença se desenvolve, os tratamentos disponíveis atualmente e quais são as principais medidas que devem ser adotadas para sua prevenção.
Segundo o dr. Moyzes Damasceno, gerente médico do CTI Adulto do CHN, a Sepse desenvolve-se a partir de uma resposta equivocada do sistema imunológico do paciente à uma infecção no organismo, o que pode causar o mal funcionamento de um ou mais órgãos. Apesar desse risco estar presente em qualquer pessoa, alguns pacientes têm mais chances de desenvolver a sepse:
Grupo de risco para a Sepse
- Crianças menores de 1 ano;
- Pessoas com doenças que comprometam o sistema imunológico (como AIDS e diabetes mellitus);
- Pessoas sem o baço;
- Pessoas acima de 60 anos;
- Pessoas com doenças crônicas (de órgãos como pulmão, fígado e coração).
“Qualquer tipo de infecção têm chances de evoluir para um quadro de Sepse, porém pacientes com infecções urinárias, abdominais e com pneumonia têm mais chances de ter esse tipo de complicação. A maioria dos casos de Sepse é causada por bactérias, mas outros microorganismos, como os vírus, incluindo o SARS-CoV-2, da COVID-19, podem estar envolvidos”
A detecção precoce de sintomas relacionados à Sepse é essencial para o rápido diagnóstico do quadro e início do tratamento indicado. Apesar da doença poder se manifestar de diversas maneiras, alguns sinais mais frequentes podem indicá-la, como é o caso do aumento na frequência cardíaca do paciente, respiração mais rápida do que o normal e febre.
A Sepse tem alta frequência nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), sendo normalmente uma das principais causas de internação no mundo inteiro. Apesar da taxa de mortalidade ainda ser considerada alta, os hospitais estão investindo cada vez mais em protocolos focados em tratamento de Sepse para preservar a qualidade de vida e a saúde do paciente tanto durante a internação quanto no retorno para casa. Em alguns casos, dependendo da intensidade da doença, alguns pacientes podem desenvolver sequelas, como dificuldades para se concentrar, instabilidade emocional, falta de memória e limitações motoras.
“Alguns pacientes sépticos podem sofrer de Síndrome Pós Terapia Intensiva ao retornarem para casa. Para que essa condição seja tratada da melhor forma, é indicado que o paciente faça acompanhamento médico frequente e dê continuidade ao programa de reabilitação iniciado ainda no período de internação, que o ajudará a reassumir o controle de suas funções, como sentar-se sozinho, levantar da cama e caminhar”
Segundo o dr Moyzes, adotar algumas medidas de prevenção no dia a dia é um hábito importante para ajudar no combate à Sepse. Isso inclui manter as mãos sempre higienizadas com água e sabão ao longo do dia, principalmente antes e após as refeições; ingerir somente água potável e alimentos de boa procedência; seguir o calendário de vacinação tanto na infância quanto nas demais fases da
vida, frequentar locais com condições sanitárias adequadas, usar máscara e preservar o distanciamento social.
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