Manter a saúde mental em dia é essencial não só para ter uma vida com mais bem-estar e qualidade, mas também para preservar a saúde do organismo. Um grande exemplo é a chamada “pressão alta emocional", quando fatores psicológicos como ansiedade e estresse desequilibram a pressão arterial do paciente.
Segundo o dr. Ronaldo Vegni, coordenador da UTI Cardiovascular do CHN, a pressão arterial elevada, também conhecida como hipertensão, é um fator de risco que está associada ao desenvolvimento de diversas complicações, como arritmias, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e até mesmo o acidente vascular cerebral (AVC). Além de quadros cardiovasculares, ela também influencia em problemas em outras partes do corpo, como os rins e o cérebro.
“Quando uma pessoa está estressada ou em períodos com altas cargas de ansiedade, o organismo interpreta como se sua vida estivesse em risco e, por conta disso, libera uma quantidade maior de substâncias como adrenalina e cortisol. Esses hormônios fazem a pressão arterial subir para que mais sangue chegue aos músculos e a pessoa possa reagir à ameaça diante dela. Esse mecanismo adaptativo de defesa quando se torna repetitivo e frequente, contribui para o desenvolvimento da hipertensão arterial sistêmica ou agrava essa condição."
Atualmente, a "pressão arterial emocional" tem se tornado uma condição cada vez mais comum – agravando-se ainda mais desde o início da pandemia. Seja por questões profissionais, financeiras, derivadas do isolamento ou desentendimentos entre familiares e amigos, muitas pessoas estão com a saúde emocional prejudicadas e, constantemente, estressadas e irritadas. Como consequência, seus corpos estão em estado constante de alerta, o que sobrecarrega o sistema circulatório e aumenta alguns níveis hormonais, mesmo que não exista uma ameaça à sua vida.
O primeiro passo para prevenir a "pressão arterial emocional" é identificar que o problema existe. Várias manifestações clínicas podem estar relacionadas ao estresse, como dores em diversas partes do corpo - cabeça, estômago e peito; baixa na imunidade; transpiração excessiva; manchas e outros problemas de pele; náuseas e tonturas. Caso o paciente apresente alguns desses sinais e sintomas, é recomendável buscar a orientação de um médico.
O que fazer para melhorar a saúde emocional?
- Fazer atividades físicas com regularidade;
- Tenha hobbies que tragam prazer e satisfação pessoal, como prática de esportes, leitura e aprender a tocar um instrumento;
- Métodos de relaxamento, como yoga e meditação;
- Tire um tempo para si mesmo todos os dias para descansar e se divertir.
- Psicoterapia, após avaliação clínica e descartada a presença de doenças que justifiquem os sintomas relatados.
Cuidar da saúde mental é muito importante para aproveitar a vida ao máximo e todas as boas oportunidades que ela traz. Cuide não só do seu corpo, como também da sua mente.