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O perigo das pequenas aglomerações nas festas de fim de ano

As chamadas “pequenas bolhas” têm oferecido risco de contágio da Covid-19
PF
Dr. Paulo Furtado - Infectologista Atualizado em 21/12/2020

Com a proximidade das comemorações natalinas e de passagem de ano, além do período de férias, muitas pessoas se perguntam até que ponto é seguro encontrar-se com os amigos e familiares para as comemorações. Como medida preventiva contra a Covid-19, profissionais da saúde têm recomendado que sejam evitadas tanto as grandes quanto as pequenas aglomerações.

Apesar de 2020 ter sido um ano desafiador e muitas pessoas buscarem as festas como forma de oferecer afeto e carinho aos outros, a orientação é manter o cumprimento das medidas de prevenção, como uso correto de máscara, distanciamento social e higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel. Como o vírus ainda está presente no ambiente, há possibilidade de aumento de contágio caso essas medidas não sejam seguidas. Neste momento, é importante que cada família avalie se a reunião de fim de ano é, de fato, necessária.

O alerta para evitar pequenas e grandes aglomerações vale para pessoas de qualquer faixa etária, principalmente as com mais de 60 anos e os grupos de risco. Outro ponto relevante é evitar locais como clubes, piscinas, praias e bares, uma vez que a transmissão pelo vírus normalmente ocorre pelo ar por contato com secreções contaminadas, como tosse, gotículas de saliva e espirro de uma pessoa infectada, ou pelo toque de objetos ou superfícies contaminados.

A atenção aos encontros em pequenos grupos

A grande questão em relação aos encontros em pequenos grupos são a falsa sensação de segurança e o descuido com as medidas preventivas. Embora a retomada nas atividades seja realmente imperativa em algumas ocasiões, como o retorno ao trabalho, as medidas de segurança e o cuidado com a própria saúde devem acompanhar esse retorno para que os níveis do início da pandemia não sejam reestabelecidos. Por isso é primordial continuar seguindo os protocolos de saúde.

Cuidados nas festas do fim de ano

Opte por encontrar presencialmente os que já moram com você e que estejam tomando as precauções e compartilhando o mesmo ambiente, já que reuniões que envolvam pessoas de outras casas apresentam mais riscos para a contaminação. Além disso, aqueles que apresentam sintomas clínicos (como febre, dores no corpo, tosse, diarreia, dor de cabeça e perda do olfato ou paladar) sem diagnóstico confirmado não devem participar de encontros, assim como quem esteve em contato com alguém com quadro confirmado ou suspeito recente de Covid-19.

Segundo o Dr. Paulo Furtado, infectologista e coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do CHN, as reuniões de confraternização devem ter um número reduzido de pessoas e todas precisam utilizar máscara e higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel, principalmente antes e depois de tocar em objetos compartilhados.

Outras medidas precisam ser observadas, como sanitizar as superfícies das mesas antes da ceia, escolher espaços com boa circulação de ar e dispor a refeição da ceia de forma que as pessoas se sirvam, e não se sentem ao redor da mesa. No momento da refeição, em que a máscara será retirada, é indicado evitar conversas. Ainda que não seja possível estabelecer um limite de pessoas em cada evento, o bom senso e a consciência de todos devem ser o ponto central da festa. O espaço deve permitir que as pessoas possam ficar pelo menos a dois metros de distância umas das outras.

Os cuidados devem ser lembrados também na hora dos preparativos da festa, como na ida ao supermercado e na compra de presentes. Com maior número de pessoas nas ruas, prefira entregas em casa e higienize tudo com o mesmo cuidado de sempre.

Escrito por
PF

Dr. Paulo Furtado

Infectologista
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