Lesões ortopédicas são ocorrências comuns no dia a dia dos brasileiros – fraturas, contusões musculares, luxações, entorses e traumatismos em várias partes do corpo, como cabeça, ombro, joelho e tornozelo. Uma complicação dessa ordem pode acabar comprometendo a saúde, causando dificuldade na rotina e dor de cabeça na readaptação.
Segundo a Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico, há inúmeras evidências que confirmam a eficiência do tratamento imediato no trauma ortopédico – seja para uma conduta definitiva, seja para o controle de danos ortopédicos –, sendo o melhor que se pode oferecer ao paciente. Anal, o atendimento tardio desse tipo de lesão pode resultar em sequelas graves e indesejadas.
O que são lesões ortopédicas?
De acordo com o Dr. José Eduardo Teixeira, ortopedista do CHN, lesões ortopédicas são decorrentes de traumatismos (forças aplicadas sobre o osso que são maiores que sua resistência), quedas, fraturas ou até mesmo doenças crônicas. Assim, ocorrem, principalmente, em resposta a acidentes de trânsito, agressões (inclusive por armas) e acidentes domésticos. “Há também a possibilidade de serem causadas por doenças que tornam os ossos mais frágeis, como a osteoporose ou as displasias metabólicas, além das causas endócrinas, imunológicas e genéticas. Infecções e neoplasias também podem resultar nesse tipo de enfermidade", complementa o médico.
O que fazer diante de uma lesão ortopédica em plena quarentena?
Sabemos que o isolamento social se faz necessário neste momento de pandemia. Entretanto, na ocorrência de uma situação de urgência, como uma lesão ortopédica, há necessidade de consultar um médico imediatamente. Os médicos estão sendo orientados para separar os casos suspeitos e/ou confirmados de Covid-19 dos demais.
“O retardo nesse tipo de tratamento pode trazer complicações diversas. Por isso, deve-se procurar assistência nos hospitais ou consultórios, com preferência àqueles que separam o atendimento dos pacientes com sintomas de infecção pelo novo coronavírus das abordagens habituais de uma unidade de urgência. O Complexo Hospitalar de Niterói é um exemplo disso, pois atua em conformidade com todos os protocolos de segurança, visando receber e tratar todos aqueles que precisam de auxílio médico", destaca o Dr. José Eduardo Teixeira.
Já nos casos de procedimentos eletivos, deve-se procurar assistência médica fora do ambiente hospitalar e fazer as cirurgias eletivamente, com exames pré-operatórios pertinentes ao procedimento a ser realizado, incluindo o PCR para diagnosticar a Covid-19.
Orientações para pacientes em pós-operatório
“Minha principal recomendação para os pacientes ortopédicos que acabaram de operar é seguir corretamente as orientações do médico assistente, manter total isolamento social e adotar todas as medidas de higiene preconizadas nesta época de pandemia. Também é fundamental fazer as revisões pós-operatórias em um ambiente que seja o mais seguro possível, considerando as ameaças da Covid-19", explica o médico do CHN.
Além disso, o especialista ressalta que esses pacientes devem ser orientados em relação à higienização das órteses – dispositivos médicos como coletes, talas, botas imobilizadoras e joelheiras, que ajudam um órgão ou membro a realizar sua função após uma cirurgia –, utilizadas para fins de tratamento tráumato-ortopédico. “Nesse período de pandemia que estamos vivendo, todo o cuidado com a limpeza e desinfecção desses apetrechos – e dos demais objetos e superfícies – é extremamente válido. Uma cautela a mais pode fazer toda a diferença entre o risco ou não de infecção por agentes patógenos", pontua o ortopedista.
Fonte: Dr. José Eduardo Teixeira, ortopedista do CHN.