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Doação de órgãos e tecidos: conheça as dúvidas mais comuns

Saiba quem pode ser doador e como esse gesto pode salvar vidas
CHN
Equipe CHN - Equipe CHN Atualizado em 25/09/2020

A doação de órgãos é um gesto altruísta que ajuda a salvar muitas vidas, mas que ainda gera algumas dúvidas sobre o assunto – principalmente em relação às formas de doação e como declarar-se um doador. A enfermeira Márcia Rejane Valentim, gerente da Unidade de Transplantes do CHN, reuniu as principais questões envolvendo a doação de órgãos e tecidos.

Quem pode ser um doador? 

Márcia Rejane Valentim: Para ser um doador de órgãos e tecidos, o paciente, adulto ou criança, precisa ter o diagnóstico confirmado de morte cerebral. 

Posso ser um doador ainda em vida? 

Márcia Rejane Valentim: Sim! Caso seja de desejo do doador, ele deve expressar sua vontade aos seus familiares. Converse com sua família sobre este desejo.

Quais órgãos ou tecidos podem ser doados? 

Márcia Rejane Valentim: Após a confirmação de morte cerebral, uma única pessoa pode doar rins, fígado, coração ou válvulas cardíacas, pâncreas, pulmões, intestino, córneas, ossos e até mesmo a pele. Quem define quais órgãos podem ser doados é a sua família. Apenas um doador tem a chance de salvar a vida de muitos pacientes que aguardam na fila de transplante. 

Quem não pode doar? 

Márcia Rejane Valentim: Pacientes diagnosticados com câncer, doença infecciosa grave aguda ou doenças infectocontagiosas – como o HIV, as hepatites B e C e a Doença de Chagas. Também não podem doar os pacientes que são diagnosticados com insuficiência múltipla de órgãos.

Como minha família será informada da possibilidade de doação dos meus órgãos? 

Márcia Rejane Valentim: Logo após a declaração de morte cerebral, a família será informada quanto à possibilidade de doar seus órgãos e/ou tecidos. Caso concordem, os familiares serão convidados a assinar os documentos necessários. Lembrando que, no Brasil, o transplante de órgãos só pode ser realizado após a autorização familiar. 

Haverá algum custo para a minha família? 

Márcia Rejane Valentim: Não há nenhum ganho material ou custo para a família no momento da doação. A legislação brasileira exige que a doação seja um ato altruísta familiar sem interferência econômica. 

Após a autorização da doação, como ela é feita? 

Márcia Rejane Valentim: Serão realizados alguns exames para confirmação de histocompatibilidade, assim como análise da presença de anticorpos do HIV, hepatite B e C, HTLV, sífilis, doença de Chagas, citomegalovírus e toxoplasmose. Também serão feitos exames para avaliar a saúde e viabilidade dos órgãos. Dependendo dos órgãos que a família liberou para doação, inicia-se neste momento a busca de quem será os receptores na fila do transplante. Depois de realizadas todas as avaliações, o doador é encaminhado para a cirurgia de retirada de órgãos.

É possível saber quem recebeu o órgão? 

Márcia Rejane Valentim: Caso o receptor tenha interesse, pode entrar em contato com o Programa Estadual de Transplante (PET), que promove o encontro entre doador e receptor após o período de dois anos após o procedimento. 

A importância da doação de órgãos 

Márcia Rejane Valentim: A doação é fundamental para devolver a saúde e qualidade de vida de pacientes com doenças em estágio avançado, como insuficiência hepática, cardíaca e renal; doenças pulmonares e outras condições. É um grande gesto de amor de uma família para como o próximo.

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