A cranioestenose pode ser definida como uma condição congênita, no qual ocorre o fechamento precoce das suturas cranianas, ou seja, espaços que separam as estruturas do crânio do recém-nascido.
A seguir, veja detalhes sobre os tipos de cranioestenose, diagnóstico e formas de tratamento.
O que é cranioestenose?
A cranioestenose (ou craniossinostose) é a fusão prematura de uma ou mais suturas cranianas, que são as linhas de abertura no crânio e são conhecidas como moleira do bebê.
De forma geral, as suturas cranianas, quando fecham prematuramente, causam um crescimento anormal do crânio.
Quando a forma do crânio se modifica, ocorrem as deformidades cranianas, que causam consequências estéticas e podem comprometer o desenvolvimento neurológico da criança.
O que são suturas cranianas?
O crânio é formado por diversas placas ósseas que são separadas por suturas, ou seja, espaços ou linhas de abertura que permitem o crescimento cerebral e do crânio de forma simétrica.
A cranioestenose acontece quando as suturas cranianas se soldam antes do tempo adequado.
Geralmente, as suturas desaparecem ao colarem umas nas outras, após o cérebro crescer. Porém, se essa fusão acontece de forma prematura, há alteração do crescimento do crânio.
Tipos de cranioestenose
Há vários tipos de cranioestenose e são classificadas de acordo com a sutura craniana acometida que fechou. As mais comuns são:
Plagiocefalia
Trata-se de uma deformidade craniana caracterizada pelo achatamento assimétrico de uma das partes laterais do crânio do bebê.
Braquicefalia
Ocorre após o fechamento de ambas as suturas coronais, o que leva a um achatamento da testa da criança. A cabeça fica mais curta e mais larga.
Escafocefalia
É o tipo mais comum de cranioestenose e acontece o crescimento excessivo nas partes frontal e posterior do crânio, enquanto a cabeça fica alongada e estreita nas laterais.
Trigonocefalia
Ocorre quando acontece o fechamento precoce da sutura metópica. Por isso, acontece o crescimento excessivo nas partes laterais do crânio e um estreitamento na região frontal.
Isso resulta em uma testa proeminente com uma crista no meio e, em alguns casos, deformidade nas órbitas (olhos mais próximos um do outro).
Diagnóstico
O diagnóstico de cranioestenose envolve uma avaliação clínica por um especialista, como pediatra ou neurocirurgião pediátrico.
Após análise dos sintomas, o médico solicitará exames de imagem, como ultrassonografias, radiografias, tomografia computadorizada e ressonância magnética para avaliar a estrutura do crânio de forma detalhada.
Vale ressaltar que o diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento adequado o quanto antes.
Tratamento para cranioestenose
A maioria das crianças com cranioestenose precisará de tratamento cirúrgico.
O objetivo da cirurgia é restabelecer a forma e o tamanho adequado do crânio. Por conta disso, permitirá o crescimento cerebral adequado e evitará problemas para a criança no futuro.
A recomendação é que o tratamento da cranioestenose aconteça ainda no primeiro ano de vida, preferencialmente até os seis meses.
Que médico devo procurar?
O médico habilitado para tratar de condições como a craniostenose é o neurocirurgião pediátrico. Agenda agora sua consulta com um especialista do CHN (Complexo Hospitalar Niterói).