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Condição está associada a diversos problemas de saúde e pode surgir de forma súbita ou com menor intensidade, mas de forma persistente
A confusão mental é um estado que pode ou não surgir de forma súbita e em que a pessoa se sente desorientada, com dificuldades para se concentrar e até lembrar informações importantes. É uma condição que não é uma doença em si e sim um sinal ou sintoma que pode estar relacionado a diversos tipos de problemas de saúde (não apenas neurológicos) e alterações emocionais. Continue a leitura para saber mais.
Confusão mental: o que é?
A confusão mental é um estado, e não uma doença, caracterizado pela dificuldade de entender e responder a perguntas consideradas simples (como “onde você mora?”).
Quando experimenta a confusão mental, é comum que o indivíduo se sinta confuso, angustiado e tenha dificuldade de lembrar informações recentes, prestar atenção em conversas e realizar tarefas simples.
Quando surge de forma súbita e tem duração certa (por exemplo, minutos ou horas), a confusão mental pode ser um sinal indicativo de problemas mais graves (como a ocorrência de um AVC ou outras condições como a sepse). No entanto, esse estado também pode ser caracterizado por sintomas mais leves, como dificuldade de concentração, o que já indica uma disfunção cognitiva.
Possíveis causas para a confusão mental?
A confusão mental pode estar associada a diversos problemas de saúde. Os mais conhecidos e comuns são:
Problemas relacionados à saúde mental: depressão, ansiedade e transtornos psicóticos podem impactar o funcionamento cognitivo e provocar o sintoma, especialmente durante as crises.
Doenças neurodegenerativas: condições como Alzheimer, Parkinson e outros tipos de demência afetam de forma profunda e crônica o funcionamento do cérebro, levando a problemas cognitivos.
AVC: o acidente vascular cerebral também afeta o cérebro tanto na fase aguda (quando está ocorrendo) como depois (caso deixe sequelas).
Infecções: infecções graves, como sepse ou infecções urinárias em idosos, podem afetar o sistema nervoso central. Recentemente, os médicos também estabeleceram a relação entre covid longa (síndrome que engloba conjunto de sintomas após a infecção pelo novo coronavírus) e sintomas neurológicos como a confusão mental.
Uso de medicamentos ou substâncias: efeitos colaterais de remédios, uso abusivo de álcool ou drogas.
Desequilíbrios metabólicos: alterações nos níveis de glicose, sódio ou cálcio no sangue podem prejudicar o funcionamento cerebral.
Privação de sono: períodos prolongados sem descanso adequado também estão associados ao sintoma.
Trauma craniano: lesões na cabeça podem causar confusão mental, especialmente se houver sangramento ou inchaço no cérebro.
Sintomas da confusão mental
A confusão mental é em si um sintoma de alguma condição médica. No geral, essa manifestação pode ser descrita pelos pacientes como:
. Dificuldade de memória ou esquecimento frequente;
. Desorientação em relação ao tempo e ao espaço;
. Incapacidade de se concentrar ou manter a atenção;
. Mudanças repentinas no comportamento ou no humor;
. Dificuldade para comunicar pensamentos ou ideias;
. Dificuldade para reconhecer locais ou pessoas;
. Sensação de "mente vazia", “brain fog” (nevoeiro mental) ou lentidão no raciocínio;
. Dificuldade em encontrar palavras durante a conversa;
. Alterações na percepção da realidade (alucinações, delírios).
A presença desses sintomas deve ser avaliada por um profissional de saúde, especialmente se ocorrerem de forma súbita e intensa. Mesmo as formas leves e de instalação mais lenta devem ser avaliadas para que o diagnóstico correto possibilite o tratamento adequado.
Qual médico procurar?
Se você ou alguém que você conhece está apresentando sintomas mais crônicos de confusão mental, é importante procurar a orientação de um médico neurologista ou, em alguns casos, do geriatra.
Nos casos agudos, o médico da emergência deve ser procurado. Esse profissional está capacitado a realizar uma avaliação completa e solicitar exames complementares para identificar a causa do problema e indicar o tratamento mais adequado ou, ainda, encaminhar para outro especialista, caso seja necessário (como psiquiatra, no caso de problemas de saúde mental; endocrinologista, no caso de problemas metabólicos; etc.)
Formas de diagnóstico para identificar as causas para a confusão mental
O diagnóstico da confusão mental geralmente envolve uma abordagem multifatorial. Além da anamnese realizada em consultório, o médico poderá solicitar exames como:
Análises laboratoriais: exames de sangue e/ou urina para detectar possíveis infecções, desequilíbrios metabólicos ou deficiências vitamínicas.
Exames de imagem: ressonância magnética ou tomografia computadorizada podem revelar alterações estruturais no cérebro.
Testes cognitivos: para avaliar funções como memória, linguagem e raciocínio.
Eletroencefalograma (EEG): para avaliar a atividade elétrica do cérebro e identificar a presença de epilepsia ou outras alterações que possam contribuir com a confusão mental.
É possível prevenir doenças neurológicas?
Nem sempre, já que algumas causas de confusão mental não são controláveis, como infecções ou acidentes, por exemplo. Por outro lado, adotar bons hábitos de vida pode reduzir o risco de doenças neurológicas e melhorar a saúde cerebral. Algumas dicas incluem:
Adote uma alimentação balanceada: dietas ricas em antioxidantes, ômega-3 e vitaminas do complexo B ajudam a preservar a função cerebral.
Pratique atividades físicas regularmente: a prática de exercício físico melhora a circulação sanguínea e estimula as conexões neurais.
Durma bem: o sono é essencial para a recuperação, a limpeza e o bom funcionamento do cérebro.
Evite o uso abusivo de álcool e drogas: essas substâncias podem causar danos cerebrais irreversíveis.
Estimule a mente: atividades como leitura, jogos de raciocínio e aprendizado de novas habilidades ajudam a manter o cérebro ativo.
Gerencie o estresse: práticas como meditação, ioga e a própria psicoterapia auxiliam na manutenção da saúde mental e na prevenção de problemas cognitivos.
Neurologia no Complexo Hospitalar Niterói
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