
Aprenda a reconhecer as lesões mais comuns, como o carcinoma basocelular e espinocelular, e entenda a importância do diagnóstico.
Resumo:
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A aparência do câncer de pele no rosto varia: pode ser uma lesão perolada, uma área avermelhada e áspera ou uma pinta escura e irregular.
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Os tipos mais comuns na face são o carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular (CEC).
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Um dos sinais de alerta mais importantes é uma ferida ou machucado que não cicatriza em até quatro semanas.
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O rosto é uma área de alta incidência devido à exposição solar crônica e desprotegida ao longo da vida.
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Apenas um médico dermatologista pode realizar o diagnóstico correto, geralmente confirmado por uma biópsia da lesão.
Você se olha no espelho e nota algo diferente no rosto: uma pequena mancha que não estava ali, um caroço sutil ou uma ferida que simplesmente não desaparece. Essa é uma situação comum que gera preocupação, já que a pele facial está constantemente exposta a fatores ambientais, principalmente ao sol.
Entender como o câncer de pele pode se manifestar no rosto é o primeiro passo para buscar ajuda no momento certo. As características das lesões variam bastante, mas conhecer os sinais mais comuns aumenta significativamente as chances de um diagnóstico precoce e um tratamento bem-sucedido.
O que causa o câncer de pele especificamente no rosto?
A principal causa do câncer de pele no rosto é a exposição prolongada e sem proteção à radiação ultravioleta (UV) do sol. O rosto, assim como as orelhas, o pescoço e o couro cabeludo em pessoas calvas, recebe luz solar de forma direta e constante ao longo dos anos.
Essa exposição cumulativa danifica o DNA das células da pele. Quando os mecanismos de reparo do corpo falham, essas células podem começar a se multiplicar de forma descontrolada, originando um tumor. Por isso, áreas como nariz, testa e bochechas são locais frequentes para o surgimento de lesões.
Quais são os tipos mais comuns de câncer de pele facial?
Embora existam vários tipos de câncer de pele, três deles são os mais relevantes quando se trata da região facial. Dois deles, o carcinoma basocelular e o espinocelular, são classificados como "câncer de pele não melanoma" e representam a grande maioria dos casos.
Carcinoma basocelular (CBC): o mais frequente
O CBC é o tipo mais comum de câncer de pele, com baixa letalidade e crescimento lento. Geralmente, ele se parece com uma lesão elevada, de cor perolada ou rosada, com pequenos vasos sanguíneos visíveis na superfície. Também pode se manifestar como uma ferida que não cicatriza ou que sangra com facilidade após um pequeno trauma, como ao secar o rosto com a toalha. É importante notar que essas protuberâncias, rosadas ou da cor da pele, frequentemente encontradas no rosto, exigem uma biópsia para confirmação diagnóstica.
Carcinoma espinocelular (CEC): atenção às áreas ásperas
O CEC é o segundo tipo mais prevalente. Costuma aparecer como uma lesão avermelhada, endurecida e com superfície escamosa ou crostosa. Pode se assemelhar a uma verruga ou a uma ferida que não melhora. Para confirmar o diagnóstico, especialmente para esses caroços vermelhos e escamosos no rosto, a biópsia é essencial. Embora também tenha bom prognóstico quando detectado cedo, o CEC possui um risco maior de se espalhar para outras partes do corpo (metástase) em comparação ao CBC.
Melanoma: o tipo mais agressivo
Menos comum, o melanoma é o tipo mais perigoso de câncer de pele devido ao seu alto potencial de metástase. Ele geralmente se origina de uma pinta ou sinal preexistente que sofre alterações ou surge como uma nova mancha escura na pele. Para um diagnóstico definitivo e confiável da presença ou ausência de melanoma, a biópsia da lesão é o método mais seguro. Para identificá-lo, utiliza-se a regra do "ABCDE":
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Assimetria: uma metade da pinta é diferente da outra.
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Bordas: as bordas são irregulares, entalhadas ou mal definidas.
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Cor: a cor não é uniforme, apresentando tons de preto, marrom, cinza ou até áreas avermelhadas e azuladas.
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Diâmetro: o tamanho geralmente é maior que 6 milímetros.
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Evolução: a pinta muda de tamanho, forma ou cor ao longo do tempo.
Como diferenciar os sinais no rosto?
Visualmente, as lesões podem ser confundidas com espinhas, cicatrizes ou outras condições benignas da pele. É importante notar que o diagnóstico visual pode apresentar variações. Por isso, a biópsia e a análise laboratorial são necessárias para uma identificação precisa do câncer de pele, incluindo os carcinomas basocelular e espinocelular. A observação atenta e a comparação são fundamentais, mas não substituem a análise laboratorial.
Quando devo procurar um dermatologista?
A regra de ouro é: na dúvida, procure um especialista. A autoavaliação é importante para a detecção precoce, mas nunca substitui a análise de um médico. Marque uma consulta com um dermatologista se notar qualquer um dos seguintes sinais no seu rosto:
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Uma ferida que não cicatriza completamente em 3 ou 4 semanas.
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Uma nova mancha, pinta ou lesão que cresce continuamente.
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Uma pinta que muda de cor, forma ou tamanho.
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Uma lesão que sangra, coça, dói ou forma crostas repetidamente.
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Uma cicatriz ou área brilhante na pele sem causa aparente.
Como é feito o diagnóstico definitivo?
O diagnóstico do câncer de pele no rosto começa com o exame clínico realizado pelo dermatologista, que utiliza um aparelho chamado dermatoscópio para visualizar as estruturas da lesão com mais detalhes. Se houver suspeita, o próximo passo é a biópsia. A biópsia é o método de referência padrão para estabelecer o diagnóstico final de um câncer de pele, incluindo os carcinomas basocelular e espinocelular. A identificação precisa do câncer de pele exige biópsia e análise laboratorial (histopatologia), dado que o diagnóstico visual pode ter variações.
O câncer de pele no rosto é perigoso?
A periculosidade do câncer de pele no rosto depende diretamente do tipo de tumor e do estágio em que é diagnosticado. Os carcinomas basocelular e espinocelular, quando identificados e tratados precocemente, apresentam taxas de cura altíssimas, superando os 95%, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Para o carcinoma basocelular (CBC), a identificação precoce é crucial, pois, se não for tratado a tempo, pode causar desfiguração.
O principal risco reside na demora em procurar tratamento. Lesões negligenciadas podem crescer, invadir tecidos mais profundos como músculos e nervos, e causar deformidades estéticas e funcionais. No caso do melanoma, o diagnóstico tardio aumenta drasticamente o risco de metástase, tornando o tratamento mais complexo.
Portanto, a vigilância constante da pele e a proteção solar diária são as melhores ferramentas de prevenção. Ao notar qualquer alteração, não hesite em procurar avaliação médica especializada.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

