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Cirurgia cardíaca pediátrica como forma de tratamento para más-formações congênitas em crianças

Abordagem pode ser feita nos primeiros anos do paciente e melhora sua qualidade de vida
AG
Dra. Aurea Grippa - Cardiologista Atualizado em 23/03/2021

Apesar de as doenças cardiovasculares serem uma das condições que mais merecem atenção ao longo da vida adulta, elas também podem se manifestar na infância ou ainda no útero – as chamadas cardiopatias congênitas. Dependendo do tipo de quadro, é necessário que o pequeno paciente faça uma cirurgia cardíaca para melhorar sua qualidade de vida e manter a saúde.  

Quem pode fazer as cirurgias cardíacas pediátricas?

Segundo a Dra. Aurea Grippa, responsável pela Cardiologista e Cirurgia Cardíaca Pediátrica do CHN, as cirurgias cardíacas pediátricas podem ser realizadas em crianças que nascem com má-formação congênita (quando a condição se desenvolve ainda no período intrauterino) ou adquirem alguma doença que atinge o coração ao longo da infância, principalmente doenças das válvulas cardíacas decorrentes da febre reumática. Já as doenças congênitas podem ser diagnosticadas durante a gestação por meio de um exame de ecocardiograma fetal, realizado entre a 18ª e a 28ª semana de gestação, e, dependendo do quadro apresentado pelo bebê, a cirurgia pode ser considerada como método de tratamento. 

“A maioria das cirurgias cardíacas é realizada por meio de uma incisão na parte anterior ou lateral do tórax, dependendo da área do coração que deverá ser abordada. Em grande parte dos casos é necessário o auxílio de uma máquina que faz as funções do coração, como circulação extracorpórea, durante o trabalho do cirurgião", explica a médica. 

O cardiologista pediatra é o responsável por diagnosticar a má-formação congênita ou a doença na infância. Já para a cirurgia, é necessário que o paciente seja acompanhado por uma equipe mais ampla, composta por cardiologista pediatra, anestesiologista experiente em cirurgia cardíaca pediátrica, perfusionista e cirurgiões especializados nesse tipo de procedimento, além de instrumentadores e técnicos de enfermagem. 

Como a cirurgia cardíaca pediátrica é feita?

Esse tipo de abordagem pode demorar, em média, de três a quatro horas, de acordo com a complexidade da alteração cardíaca, da idade da criança e do tipo de cirurgia necessária. Nas mais simples, os pacientes tendem a se recuperar entre sete e dez dias, enquanto, nas mais complexas, é necessário um tempo maior de internação. Como em toda cirurgia, existem riscos de complicações, principalmente pulmonares e renais, e a possibilidade de lesões residuais, áreas em que a correção do defeito não foi completa ou mau funcionamento do sistema de condução (elétrico) do coração, provocando arritmias que não são tratáveis. 

No momento do pós-operatório, a criança é acompanhada por vários profissionais, como intensivistas, cardiologistas, enfermeiros e fisioterapeutas, que promovem sua adaptação e recuperação, visando à volta para casa. 

Pós-operatório da cirurgia cardíaca pediátrica

“Na volta para casa, dependendo da cirurgia feita, o paciente deve seguir algumas recomendações. De modo geral, existe uma série de exames para verificar o estado geral da criança e uma avaliação clínica para excluir resfriados ou outras doenças comuns nessa faixa etária. A equipe médica também dá orientação sobre repouso, cuidados com a cicatriz cirúrgica, retorno às atividades físicas e escolares e acompanhamento regular com o cardiologista pediatra", afirma a Dra. Aurea. 

Cirurgia cardíaca pediátrica no CHN

O CHN é pioneiro na realização de cirurgias cardíacas em crianças na cidade de Niterói e atende pacientes de diversas regiões do estado. Segundo a Dra. Aurea, desde o início do programa, já foram realizadas mais de 80 cirurgias de diversos graus de complexidade, sendo nos recém-nascidos as mais desafiadoras. 

Atualmente, o CHN dispõe de uma estrutura completa para a jornada do paciente pediátrico que necessita de cirurgia cardíaca, que vai desde o diagnóstico pré-natal e a consulta fetal, passando pelo apoio no planejamento dos procedimentos com a família, o obstetra e as equipes de diagnóstico e cirurgia até o acompanhamento pós-operatório, com suporte psicológico e assistência ambulatorial para pacientes com cardiopatia congênita. A Emergência Cardiovascular do CHN, com especialistas preparados para receber urgências em crianças, adolescentes e adultos com cardiopatia congênita, é a única que oferece consultoria cardiopediátrica com especialistas 24 horas por dia. 

Para saber mais sobre o serviço de Cirurgia Cardíaca Pediátrica do CHN, entre em contato pelo e-mail aureagrippa@cardiol.br.

Escrito por
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Dra. Aurea Grippa

Cardiologista
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