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CHN realiza transplante pediátrico inédito na região Norte-Leste Fluminense

Um bebê de 7 meses recebeu 20% do fígado doado pelo próprio pai
CHN
Equipe CHN - Equipe CHN Atualizado em 04/08/2021

Tão pequena, mas já com um grande desafio para superar e um belo desfecho: um transplante que mudou sua vida. Jade Lessa, de apenas 7 meses, precisou fazer um transplante de fígado e contou com a doação de parte do órgão do seu pai, Cleber Cristiam Viana. A cirurgia aconteceu recentemente no Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) e é inédita em hospitais privados da região Norte-Leste Fluminense.

“No Brasil, existem poucos serviços habilitados e especializados em transplantes pediátricos, procedimentos ainda mais complexos se comparados com as cirurgias feitas em adultos por causa da anatomia da criança, principalmente em se tratando de pacientes com menos de dez quilos. E o CHN está neste seleto grupo de hospitais capacitados para a realização de cirurgias desse porte”, comenta Marcia Rejane Valentim, gerente do Setor de Transplantes do CHN. 

Com poucos meses de vida, Jade enfrentou um duro diagnóstico: era portadora de uma doença chamada atresia de via biliar, quando há ausência dos ductos biliares extra-hepáticos, e que pode evoluir para cirrose ou óbito, caso não seja tratada precocemente. 

Segundo o dr. Reinaldo Fernandes, cirurgião do CHN que participou do transplante, naquele momento, a substituição do órgão era a única solução para salvar a vida da pequena paciente. A cirurgia aconteceu no dia 3 de abril e foi considerada um sucesso. Jade recebeu 20% do fígado do seu pai e doador, Cleber Cristiam Viana, e ela pôde ir para casa depois no último sábado, dia 8 de maio. 

Mesmo com pouca idade, Jade já tem uma grande história de superação para contar. O Dr. Reinaldo explica que ela levará uma vida normal e crescerá sem sequelas, precisará apenas de acompanhamento médico periódico.

No CHN, o tratamento de Jade foi acompanhado pela dra. Marcia Valladares, hepatologista pediátrica; o dr. Rodrigo Luz, coordenador do Centro de Doenças Hepatobiliares e Transplante Hepático; o dr. Marcelo Enne, cirurgião que realizou o transplante; e o dr. Reinaldo Fernandes, cirurgião que fez a cirurgia no pai e doador. 

Números de transplantes pediátricos no Brasil

Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), considerando todos os tipos de transplantes de órgãos sólidos, em 2020, foram transplantadas 486 crianças, 17% a menos que em 2019. Já com relação aos transplantes de fígado pediátricos, foram 200 transplantes em 2020 no país, 15% a menos que no ano passado, dos quais apenas seis ocorreram no estado do Rio de Janeiro. O dr. Reinaldo Fernandes explica que a espera pelo transplante hepático varia na lista, de acordo com o tipo sanguíneo, o estado de origem e a taxa de doação de cada estado brasileiro, principalmente neste momento crítico de pandemia.

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