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Aneurisma: tipos, sintomas e qual médico procurar

Aneurisma é uma dilatação anormal de uma artéria em qualquer parte do corpo, mas que pode trazer sérios riscos à saúde e à vida do paciente.
Dr. Diane Ávila - Cardiologista Atualizado em 14/03/2024

Aneurisma é um termo que pode soar assustador, mas tem uma explicação simples: ele nada mais é do que a dilatação anormal de uma artéria de qualquer parte do corpo. O problema é que, quando ele se rompe, provoca uma hemorragia grave no organismo e que necessita de atendimento imediato. Continue a leitura para entender mais sobre esse problema e como ele pode ser tratado.  

Aneurisma: o que é?

Aneurisma nada mais é do que uma dilatação anormal de qualquer artéria do corpo. A causa em geral é diferente de acordo com a localização. Quando ocorre na aorta torácica, é causada pelo enfraquecimento das paredes de um vaso sanguíneo. Já na aorta abdominal, por exemplo, a causa mais frequentemente é a doença aterosclerótica (ou seja, o acúmulo de placas de gordura na parede do vaso). 

O problema pode ser hereditário ou adquirido. Os principais fatores de risco são tabagismo, idade avançada, hipertensão mal controlada, dislipidemia, diabetes ou traumas.  

Tipos de aneurisma

Os aneurismas podem ocorrer em qualquer artéria do corpo, mas são mais comuns nas artérias do cérebro e na aorta (a artéria principal que sai do coração). A gravidade do quadro e o tipo de tratamento dependem da sua localização. Os tipos mais comuns de aneurisma são:

  • Aneurisma cerebral: afeta as artérias no cérebro e pode ser potencialmente perigoso, pois a ruptura de um aneurisma cerebral pode causar um AVC (acidente vascular cerebral) hemorrágico. 

  • Aneurisma da aorta: que ocorre na aorta, a maior artéria do corpo. Pode ser abdominal (abaixo do peito), torácico (no tórax) ou toráco-abdominal (na sua maior extensão).

Principais sintomas de aneurisma

A grande maioria dos aneurismas é assintomático, ou seja, não dá sinais de existência até o momento em que se rompem e provocam hemorragia.

Quando há sintomas, os mais comuns são dor intensa e súbita na área afetada e queda da pressão arterial. Em alguns casos, é possível apalpar uma massa pulsátil também.  

Qual médico devo procurar?

Se a pessoa tem fatores de risco, histórico familiar ou suspeita de que possui um aneurisma –por apresentar sintomas relacionados -- é importante procurar um médico clínico, geriatra e/ou cardiologista, para investigar tais sintomas.

A partir daí, se o diagnóstico se confirmar, pode-se encaminhar o paciente para tratamento com um cirurgião cardíaco ou vascular a depender da localização da lesão (se torácico ou abdominal).

No caso dos aneurismas cerebrais, um neurologista ou neurocirurgião direcionará o tratamento específico. É importante identificar os pacientes com risco para dissecção (rompimento) agudo da aorta para direcionar a prevenção e tratamento necessários. 

Como é feito diagnóstico?

O diagnóstico de um aneurisma geralmente começa com um exame físico e uma avaliação dos sintomas. Exames de imagem, como ultrassonografia, doppler de aorta (e sublocalizações)  e  angiotomografia computadorizada (TC) ou angioressonância magnética (RM), podem ser usados para confirmar o diagnóstico e determinar a localização e a extensão do aneurisma. 

Formas de tratamento para aneurisma

Há dois momentos em que o aneurisma pode ser tratado: antes e depois de romper. É importante dizer que, em qualquer cenário, o sexo do paciente, as dimensões do aneurisma e sua localização são fatores que direcionam para condutas e tratamentos (cirúrgicos e endovasculares) diferentes.  

 
Se o aneurisma for descoberto antes, as opções de tratamento são:  

Cirurgia: interromper a comunicação entre o aneurisma e a artéria saudável por meio de procedimento chamado clipagem. Para isso, é necessário realizar uma cirurgia. 

Embolização: também chamado de tratamento endovascular, é um procedimento minimamente invasivo em que um cateter é inserido na artéria femoral por meio de uma pequena incisão na virilha. Com isso, é possível levar dispositivos específicos para fechar o aneurisma até o local da lesão.  

Quando o aneurisma é descoberto depois do rompimento, o quadro passa a ser uma hemorragia com risco de vida e é necessária a cirurgia imediata de correção. Por isso, é fundamental buscar ajuda médica imediata para reduzir o risco de morte e sequelas graves.  

No acompanhamento de aneurismas em risco ou já em dissecção, são usados medicamentos que reduzem a pressão arterial (caso esteja alta) e a frequência cardíaca visando diminuir o volume de sangue que possa estar “vazando” pelo aneurisma e, assim, controlar a gravidade do quadro enquanto se define a estratégia do tratamento invasivo. 

Se for um aneurisma cerebral, quando se rompe, ocorre um AVC hemorrágico. Os médicos então terão que monitorar a pressão craniana, já que a hemorragia forma um edema (inchaço) no cérebro.

Escrito por

Dr. Diane Ávila

Cardiologista
Escrito por

Dr. Diane Ávila

Cardiologista