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A relação entre o inverno e o aumento de casos de doenças respiratórias

Os cuidados com a prevenção devem ser redobrados na estação mais fria do ano
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Dr. Felipe Ribeiro - Medico intesivista Atualizado em 30/06/2020

Em razão da diminuição da temperatura e da umidade do ar durante o inverno, a incidência das doenças respiratórias – como gripes, resfriados e rinites – fica ainda maior. Porém, neste inverno, a atenção à profilaxia deve ser redobrada, já que a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, apresenta sintomas muito semelhantes aos das doenças respiratórias, como dor de cabeça, coriza e cansaço, com dificuldade para respirar nos casos mais graves. Segundo o Dr. Felipe Ribeiro, médico, gestor e responsável técnico pelo Centro Integrado de Soluções Médicas (CEISM) do CHN, é importante que a população tenha em mente as formas de prevenção e os sinais das principais doenças respiratórias, para que o auxílio hospitalar seja efetivo ainda na fase precoce.

Conheça os sintomas mais comuns de cada enfermidade respiratória

Gripe – é uma infecção do sistema respiratório provocada pelo vírus da influenza. Seus principais sintomas são: febre; dor de garganta; tosse; dores musculares e dor de cabeça.

Resfriado – é causado, na maioria das vezes, pelo rinovírus e provoca tosse, congestão nasal, dor no corpo, coriza e leve dor na garganta.

Rinite alérgica – é uma inflamação da mucosa nasal de causa alérgica que pode ser aguda ou crônica e predispõe à infecção. Entre os sintomas mais comuns estão corrimento e obstrução nasal e espirros. O quadro ainda pode causar coceira, vermelhidão e lacrimejamento nos olhos.

Sinusite – é uma inflamação das mucosas dos seios da face. Seus principais sintomas incluem dor facial ao redor dos olhos, na testa ou nas maçãs do rosto; dor de cabeça; dor no céu da boca ou nos dentes; secreção nasal; febre; calafrios; sensação de mal-estar generalizado e, em alguns casos, inchaço na face ao redor dos olhos.

Asma – é uma doença que afeta os pulmões e causa inflamação crônica dos brônquios, trazendo dificuldade para respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida (que pode piorar à noite, ao acordar ou após exercícios físicos). Também é influenciada pela poluição.

Bronquite – trata-se de uma inflamação dos brônquios, canais que conduzem o ar da traqueia até os alvéolos pulmonares. Seus sintomas mais comuns são tosse; produção de muco (que pode ser claro ou branco); secreções amareladas ou esverdeadas (que podem indicar infecção); fadiga; falta de ar; febre e dor no peito.

Covid-19 – provocada pelo novo coronavírus, seus sintomas podem variar entre os de um resfriado comum até de uma pneumonia severa, com tosse; febre; coriza; dor de garganta; cansaço e dificuldade para respirar (esse último nos casos mais graves).

As principais formas de prevenção envolvem evitar aglomerações e locais fechados; manter a casa sempre limpa e arejada; adotar uma boa alimentação; praticar atividade física e manter-se ativo; beber bastante líquido (principalmente água) e cuidar da saúde, sobretudo se o paciente tiver um quadro de diabetes, que, quando não está controlado, pode prejudicar a qualidade imunológica. Também é importante estar sempre em contato com um pneumologista, em especial quando houver sintomas.

“É indicado que o paciente busque auxílio médico quando a sintomatologia não melhorar após o uso dos remédios habituais. Se ele sentir falta de ar; queda de pressão; diminuição no volume da urina; alteração do nível de consciência; alteração na oximetria (que, em uma pessoa saudável, deve estar abaixo de 93) e/ou febre, ele precisa procurar o hospital imediatamente", explica o dr. Felipe.

Os idosos e diabéticos devem ter um cuidado a mais durante os dias frios, já que eles podem ter pneumonia sem ter febre e apresentar pouca secreção – seja porque inflamam menos, seja porque não têm força para expelir a secreção. É importante que um familiar ou cuidador que alerta aos sinais das doenças respiratórias nos idosos e/ou diabéticos.

“Em relação à Covid-19, é importante que todos sigam as medidas de prevenção estipuladas pelo Ministério da Saúde, sobretudo o distanciamento social, o uso de máscara e a higienização das mãos com água e sabão e/ou álcool gel 70%", arma o médico.

A incidência de outras doenças respiratórias pode gerar confusão com o quadro inicial de Covid-19 e, segundo o Dr. Felipe, é necessário buscar a orientação de um médico de confiança para que ele faça uma avaliação da saúde do paciente. Caso os sintomas piorem ou o paciente sinta falta de ar, ele deve ir a uma emergência.

Fonte: Dr. Felipe Ribeiro, médico, gestor e responsável técnico pelo Centro Integrado de Soluções Médicas (CEISM) do CHN.

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