O câncer é um termo que engloba mais de uma centena de doenças cuja alteração em comum é a divisão celular desordenada, que resulta de mutações genéticas adquiridas ou herdadas. Quanto mais cedo o diagnóstico de qualquer tipo de câncer for realizado, mais chances de sucesso o paciente tem com o tratamento.
Este é um dos principais temas abordados pelo Dia Nacional de Combate ao Câncer, comemorado no próximo dia 27, que visa ampliar o conhecimento da população sobre o câncer, principalmente sobre a sua prevenção. Segundo o Dr. Leonaldson Castro, coordenador do Serviço de Cirurgia Oncológica do CHN, há dois tipos de prevenção: a primária, que tem como objetivo impedir que a doença se desenvolva; e a secundária, que visa detectar e tratar doenças pré-malignas, como cânceres assintomáticos iniciais.
“Muitas pessoas têm o hábito de procurar o médico apenas quando sentem algum sintoma alarmante, mas ter esse contato mais frequente através de consultas uma ou duas vezes ao ano pode fazer a diferença no diagnóstico de uma doença como o câncer"
Nessas consultas, o médico consegue avaliar a saúde do paciente e solicitar exames de rastreio de acordo com seu risco e que podem diagnosticar o câncer antes mesmo que os sintomas comecem. Em estágios iniciais, os tumores são localizados e a chance de metástase, ou seja, do câncer se espalhar para outros órgãos ou regiões do corpo, é bem pequena, o que favorece o tratamento.
Principais exames de rastreio para detecção de alguns tipos de câncer em pessoas de baixo e alto risco
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Câncer de mama: mamografia de rastreamento – exame de rotina em mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama – é recomendada na faixa etária de 40 a 69 anos, a cada dois anos.
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Câncer de próstata: exame de sangue de PSA e toque retal para homens a partir dos 45 anos;
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Câncer de colo do útero: Papanicolau e exame de HPV a cada cinco anos para mulheres a partir dos 30 anos;
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Câncer colorretal: colonoscopia a cada 10 anos e/ou pesquisa de sangue nas fezes anual a partir dos 50 anos.
Uma vez detectado o câncer, o paciente e o médico conversarão sobre as principais formas de tratamento disponíveis e definirão o mais adequado, levando em consideração o estado de saúde geral do paciente e o estágio do câncer. Neste momento, o paciente também deve contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar para acompanhá-lo durante toda a linha de cuidado.
Segundo o dr. Leonaldson, os principais tratamentos do câncer disponíveis atualmente são a cirurgia, a radioterapia, a quimioterapia e a imunoterapia, as quais podem ser integradas para um mesmo paciente de maneira personalizada – já que não existem cânceres iguais em pessoas deferentes. Quanto mais cedo esse hábito de consultar-se uma ou duas vezes todos os anos com seu médico for criado, melhor será o cuidado com a saúde e maiores as chances de um câncer ser diagnosticado precocemente, o que resulta em maior possibilidade de cura.