Em todo o país, este mês é marcado pela campanha de conscientização sobre o câncer infantojuvenil. No Setembro Dourado, diversas ações buscam alertar para a importância da identificação precoce da doença, que atinge milhares de crianças e adolescentes no mundo todos os anos. Outro objetivo do Setembro Dourado é chamar atenção para os sinais e sintomas da patologia, com o intuito de diminuir a taxa de mortalidade, uma vez que diagnóstico e tratamento prematuros são fundamentais para a cura. Cerca de 80% das crianças e dos adolescentes com câncer podem se recuperar da doença se ela for identificada no início e se eles forem tratados em hospitais e centros especializados.
Diferenças entre câncer infantojuvenil e adulto
A diferença entre o câncer em crianças e em adultos se dá, principalmente, nos aspectos morfológicos, ou seja, no tipo de tumor e em sua evolução e localização primária. Em crianças e adolescentes, a doença normalmente atinge as células do sistema sanguíneo, o sistema nervoso e os tecidos de sustentação. Já nos adultos, as células epiteliais, que recobrem os órgãos, são as mais afetadas.
O câncer infantil possui características particulares pelo fato de a doença não estar associada a fatores de risco, como acontece em adultos – por exemplo, o fumo relacionado com o câncer de pulmão. Quando acontece em uma criança, não se tem uma causa definida ou um fator ambiental que possa ser controlado. Por outro lado, o câncer na criança apresenta mais chances de cura e responde muito bem ao tratamento de quimioterapia.
Desafios na luta contra o câncer infantil
Os cânceres mais comuns em crianças são a leucemia, os tumores no sistema nervoso central e os linfomas. Esses e os demais tumores que as afetam possuem uma característica em comum: não são tão previsíveis como os que atingem mais frequentemente os adultos, como o exemplo do câncer de pulmão.
De acordo com a Dra. Giovanna Chinelli, oncopediatra do CHN, o ponto central contra a doença nessa faixa etária é o diagnóstico precoce. Se isso já é importante quando se trata de um adulto, é um desafio ainda maior quando em relação a uma criança. “Temos um importante papel como médicos em diagnosticar precocemente um tumor. Para isso, o pediatra geral que acompanha a criança regularmente é peça-chave", explica.
Principais sintomas da doença nessa faixa etária
- Febre prolongada de causa não identificada.
- Cansaço constante e palidez; anemia.
- Dores de cabeça e vômito, principalmente pela manhã.
- Dores nos ossos e nas articulações.
- Aumento do tamanho da barriga.
- Perda de peso inexplicável e contínua.
- Crescimento dos olhos.
- Manchas roxas, como hematomas, ou pintinhas vermelhas.
- Caroços em qualquer parte do corpo.
- Sangramentos sem sinal de machucado – pelo nariz, pela gengiva e pela urina.
- Brilho branco em um ou nos dois olhos quando a criança sai em fotografias com flash.
Segundo a Dra. Giovanna Chinelli, vivemos hoje uma perspectiva otimista de novos dados em produção e pesquisa que propiciarão intervenções em níveis mais precoces da prevenção. “Enquanto isso, saber identificar manifestações que possam ser câncer e direcionar o paciente para centros especializados é o primeiro grande passo para oferecer um tratamento adequado e ampliar as chances de sucesso para nossos pequenos", reforça a médica.
Serviço de Oncologia Pediátrica do CHN
No CHN, o Serviço de Oncologia Pediátrica conta com uma equipe completa de especialistas em câncer infantil, como oncologistas clínicos e cirúrgicos, além de equipe multidisciplinar treinada para os cuidados do paciente em tratamento.
Essa estrutura viabiliza a redução do tempo entre suspeita e diagnóstico e início do tratamento, por ter um time de experts disponível todos os dias, além da organização de suporte da instituição, com emergência e CTI pediátricos prontos para o acolhimento de demandas de urgência e gravidade ao longo do tratamento.
Com o olhar voltado para o cuidado e a assistência em todas as fases do tratamento, desde a suspeita da patologia até o acompanhamento constante do paciente, o serviço é capaz de acolher globalmente o doente oncopediátrico.
Nosso hospital contempla Emergência e CTI Pediátrico; Unidade de Internação Onco-hematológica, com especialistas disponíveis todos os dias da semana e cirurgiões oncopediátricos de prontidão para intervenções; Unidade de Transplante de Medula Óssea com interface com a Clínica de Radioterapia, capaz de viabilizar tratamento conjunto; ambulatório de especialidades oncológicas e Centro de Terapia Infusional.